Mostrando postagens com marcador Robin Williams. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Robin Williams. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Tempo de Despertar

Baseado em fatos reais, “Tempo de Despertar” foi inspirado no livro autobiográfico escrito pelo médico Oliver Sacks. No final da década de 1960 ele tentou uma terapia alternativa com pacientes que sofriam de Encefalia Letárgica, uma doença neurológica que impedia os doentes de interagir com o meio ambiente e as pessoas ao redor. De inicio o neurologista (no filme com o nome fictício de Malcolm Sayer e interpretado por Robin Williams) conseguiu excelentes resultados, inclusive trazendo de volta ao mundo consciente um de seus pacientes (Leonard Lowe, interpretado por Robert De Niro). A euforia inicial porém logo começou a ser substituída pela apreensão pelos diversos efeitos colaterais desconhecidos até aquele momento. “Tempo de Despertar” é um filme muito interessante pois lida com a tentativa da ciência médica em recuperar pacientes praticamente desacreditados em sua cura. Através do método de tentativa e erro o médico tentou reabilitar essas pessoas sendo Leonard (De Niro) a verdadeira cobaia de seus experimentos.

Esse foi um dos primeiros papéis dramáticos da carreira de Robin Williams. Ao lado do grande Robert De Niro ele consegue uma de suas melhores atuações (chegou inclusive a ser indicado ao Globo de Ouro por seu sensível trabalho). O próprio Williams decidiu fazer um amplo laboratório em torno de seu personagem visitando e convivendo com pacientes da instituição em que o verdadeiro Sacks atuou (localizado em Nova Iorque). Robert De Niro também está extremamente convincente embora tenha recebido algumas críticas na época por um suposto exagero dramático. Não concordo com essa visão, De Niro, em minha opinião, mostra novamente porque sempre foi considerado um dos grandes mestres da atuação no cinema americano. Tanto isso soa como verdade que Robert De Niro ganhou várias indicações em prêmios importantes por sua interpretação (foi indicado ao Oscar e venceu o prêmio dos críticos de Nova Iorque (NYFCC Award) na categoria melhor ator. Enfim, eis aqui um filme que deve ser indicado não apenas aos estudantes de medicina (com ênfase na área de neurologia) mas também aos amantes de boas atuações. “Tempo de Despertar” é sensível, comovente e muito humano. Está mais do que recomendado.

Tempo de Despertar
(Awakenings, Estados Unidos, 1990) Direção: Penny Marshall / Roteiro: Steven Zaillian baseado na obra de Oliver Sacks / Elenco: Robert De Niro, Robin Williams, Julie Kavner / Sinopse: Médico neurologista, Dr. Malcolm Sayer (Robin Williams), começa um inovador tratamento com pacientes que sofrem de Encefalia Letárgica. Seus experimentos acabam trazendo de volta o doente Leonard Lowe (Robert De Niro), porém sua recuperação também traz efeitos colaterais desconhecidos para a ciência médica.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de maio de 2024

Um Conquistador em Apuros

Título no Brasil: Um Conquistador em Apuros
Título Original: Cadillac Man
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Ken Friedman
Elenco: Robin Williams, Tim Robbins, Pamela Reed, Fran Drescher, Zack Norman, Annabella Sciorra

Sinopse:
Você compraria um carro usado de Joey O'Brien (Robin Williams)? Ele é um vendedor esperto de carros que são verdadeiras latas velhas. Agora precisa bater seu próprio recorde, vendendo 12 carros em 3 dias. Só que seus planos vão por água abaixo quando um sequestrador entra na loja onde trabalha.

Comentários:
Robin Williams estava colhendo os frutos de sua ótima atuação em "Sociedade dos Poetas Mortos", inclusive com uma justa indicação ao Oscar, quando surgiu nos cinemas esse "Um Conquistador em Apuros". Ninguém entendeu nada. Todos pensavam que ele iria dar uma guinada na carreira depois do sucesso absoluto de "Dead Poets Society", mas ao invés disso ele voltou para o ramo das comédias mais escrachadas. O que levou Robin Williams a fazer esse filme foi algo bem pessoal, conforme ele próprio explicou nas entrevistas de lançamento do filme. Acontece que o pai dele foi vendedor de carros usados. Então Robin Williams decidiu fazer uma espécie de paródia de seu próprio pai no filme. Nos Estados Unidos os vendedores de carros usados são geralmente associados a tipos falastrões, malandros, sujeitos que vivem de vender latas velhas com problemas mecânicos, mas dizendo que são carrões maravilhosos. Para isso é preciso antes de tudo ter muita lábia e isso, como todos sabiam, Robin Williams tinha de sobra pois falava pelos cotovelos. A metralhadora giratória vocal do comediante aliás é o grande atrativo desse filme que em essência tem um roteiro bem fraco. Com Robin Williams porém o interesse do espectador fica sempre em alta. Afinal ele era um sujeito muito carismático e divertido.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de março de 2024

Sociedade dos Poetas Mortos

Depois de muitos anos tive a oportunidade de rever “Sociedade dos Poetas Mortos”. Esse filme eu tive o privilégio de ver no cinema, ainda na época de seu lançamento, em um dos mais tradicionais cinemas da minha cidade que infelizmente nem existe mais. Na época causou bastante repercussão pois colocava como tema central aquele velho choque de gerações que geralmente acontece na vida de todos nós. Os pais desejam que os filhos sigam por um determinado caminho na vida, abraçando certas profissões, se esquecendo ou ignorando que nesse processo eles estão na verdade soterrando as verdadeiras vocações dos jovens. No filme acompanhamos a rotina de um grupo de estudantes de uma tradicional escola americana. 

A disciplina é rígida e o tempo dos alunos é completamente preenchido com atividades escolares. Quem estudou em instituições de ensino parecidas certamente vai se identificar. No meio de tanto conservadorismo eis que surge um novo professor de inglês e literatura, o nada convencional Sr. Keating (Robin Williams) que logo no primeiro dia de aula incentiva seus alunos a rasgarem as primeiras páginas de um livro de poesia que tenta explicar através de fórmulas tediosas as regras que um bom poeta e escritor deve seguir. O ato extremamente ousado e inovador tenta demonstrar aos estudantes que o mais importante ao se escrever não é seguir velhas fórmulas moribundas mas sim seguir a emoção e o sentimento, acima de tudo. 

A partir desse momento o professor vira uma espécie de mentor de todos aqueles jovens, os incentivando a procurarem por novas experiências, ousarem mais em suas vidas, tanto na escola como fora dela. Um dos alunos, por exemplo, nutre o sonho de se tornar ator, abraçar a carreira de teatro mas isso é completamente reprimido por seus pais que consideram aquilo extremamente indigno de sua família. “Sociedade dos Poetas Mortos” ainda é um belo filme, com mensagem muito relevante e extremamente bem realizada. Provavelmente seja o melhor momento do ator Robin Williams no cinema. Aqui ele deixa o lado mais cômico de lado para abraçar o humanismo, a sensibilidade e o apego às paixões da vida. A expressão “Carpe Diem” (aproveite o dia) acabou virando um lema a ser seguido por todos. Jovens que sonham em realizar seus sonhos, fora do ambiente castrador da escola. Eu me recordo que gostei bastante quando assisti pela primeira vez, ainda na década de 1980 e nessa revisão pude perceber que a produção não envelheceu, ainda continua bastante boa e cativante. No final de tudo a mais importante lição que esse filme deixa é a de que cada um deve seguir seu próprio sonho, sem ligar para a opinião dos outros, até porque sonhos são para serem vividos por quem sonha e não pelos demais. Pais geralmente tentam se realizar através de seus filhos e para isso acabam soterrando os planos de vida dos garotos. Não caia nessa armadilha, trilhe o seu próprio caminho na vida. 

Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society, Estados Unidos, 1989) Direção: Peter Weir / Roteiro: Tom Schulman / Elenco: Robin Williams, Robert Sean Leonard, Ethan Hawke, Josh Charles, Gale Hansen, Dylan Kussman, Allelon Ruggiero, James Waterson, Norman Lloyd, Kurtwood Smith / Sinopse: Numa rígida escola tradicional, um professor de inglês tenta incentivar seus alunos a se auto descobrirem, os encorajando a realizarem seus próprios sonhos e projetos de vida. Não tarda para que os métodos pouco convencionais do mestre sejam colocados em dúvida por pais e demais mestres conservadores da escola. Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original. Indicado aos Oscars de Mlehor Filme, Direção e Ator (Robin Williams).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Bom Dia Vietnã

Dentro do ciclo de filmes sobre a Guerra do Vietnã que foram realizados na década de 80 esse “Bom Dia Vietnã” foi um dos mais interessantes. Longe da melancolia de um “Platoon” e distante da insanidade desenfreada de “Nascido Para Matar” o filme apostava no talento cômico de Robin Williams sem deixar também o drama de lado, uma vez que as cicatrizes do Vietnã ainda estavam bem abertas dentro da sociedade americana e não seria de bom tom transformar tudo em uma comédia pastelão. Por isso o filme funciona não apenas por seus excelentes momentos de humor mas também pela temática social e contextual mostrando o dia a dia e a rotina das tropas americanas estacionadas naquela distante e estranho país do sudoeste asiático. Robin Williams era completamente desconhecido no Brasil quando o filme pintou nas telas em 1987. De fato ele só tinha dois filmes lançados por aqui antes, ambos com fraca repercussão de bilheteria em nosso país. A primeira referência vinha de “Popeye”, uma comédia que tentava trazer para o cinema as aventuras do famoso marinheiro dos desenhos animados. Não deu muito certo. A segunda lembrança surgia de “O Mundo Segundo Garp”, um filme que ninguém se interessou em ver. No mercado de vídeo ainda havia disponível “Moscou em Nova Iorque”, uma comédia de costumes interessante e era só. Assim “Bom Dia Vietnã” foi seu primeiro grande sucesso por aqui, se tornando a produção que o tornou famoso em nosso país.

O enredo do filme conta a história real do militar Adrian Cronauer (Robin Williams) que é enviado para o Vietnã em 1965, poucos meses antes do conflito realmente se tornar um buraco sem fundo para as forças americanas. Como gostava muito de música e era um sujeito extremamente simpático e bem humorado ele logo foi escalado para exercer a função de DJ na rádio das forças armadas. Embora possa parecer um posto sem importância a verdade era que Adrian exercia uma função muito importante dentro daquele conflito pois com suas transmissões bem humoradas e divertidas conseguia entreter as tropas americanas que estavam no front, elevando a moral dos soldados de uma forma em geral. Robin Williams obviamente dá um verdadeiro show com sua interpretação, imitando figuras populares da época, contando piadas e divertindo a todos. É curioso porque muitas pessoas pensam ainda hoje que ele sempre foi apenas um comediante careteiro e ignoram o fato de Williams ter uma excelente formação dramática tendo se formado em uma das escolas de interpretação mais prestigiadas dos Estados Unidos, a Juilliard em Nova Iorque, que tem um dos mais concorridos cursos do país. Lá estudou ao lado do também futuro astro Christopher Reeve (de Superman). Foram inclusive grandes amigos até o fim da vida de Reeve. Com tanta bagagem não é de se surpreender que esteja tão bem e tão à vontade no papel. Por fim é importante lembrar da grande trilha sonora do filme, que inclusive ressuscitou um dos grandes clássicos da carreira de Louis Armstrong, a nostálgica e bela "We have all the Time in the World". Enfim, para quem gosta do tema sobre o conflito dos Estados Unidos no distante e pequeno Vietnã, o filme é sem dúvida um excelente programa.

Bom Dia Vietnã (Good Morning, Vietnam  Estados Unidos, 1987) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Mitch Markowitz / Elenco: Robin Williams, Forest Whitaker, Bruno Kirby, Tung Tranh Tran , Chintara Sukapatana / Sinopse: Militar Americano se torna DJ da única rádio oficial das forças armadas no Vietnã. Lá esbanja bom humor e versatilidade o que acaba trazendo problemas para ele com o alto comando estacionado no país asiático.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de novembro de 2023

Moscou em Nova York

Título no Brasil: Moscou em Nova York
Título Original: Moscow on the Hudson
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Mazursky
Roteiro: Paul Mazursky, Leon Capetanos
Elenco: Robin Williams, Maria Conchita Alonso, Cleavant Derricks, Alejandro Rey, Saveliy Kramarov

Sinopse:
Vladimir Ivanoff (Robin Williams) é um músico russo que vai se apresentar com sua banda em Nova Iorque. Uma vez na América ele decide ficar no país, pedindo asilo político. Só que se adaptar ao novo estilo de vida não se mostrará muito fácil. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator - comédia ou musical (Robin Williams).

Comentários:
Robin Williams foi indicado ao Globo de Ouro por sua atuação nesse filme. Ele mereceu esse reconhecimento pois esteve muito bem em cena, dando um lado humano para seu personagem que realmente cativou os críticos. Depois do fracasso comercial do filme "Popeye" ele decidiu tentar novamente, dessa vez com um filme mais convencional. E de fato "Moscou em Nova Iorque" é uma comédia muito boa. Apresenta um roteiro mais sofisticado, mostrando as complicadas situações vividas por um russo que decide abandonar a União Soviética, para viver nos Estados Unidos. E é desse choque cultural que o roteiro tira as melhores situações do filme. Williams está de barba, bem diferente do habitual. Ele cativa o público com seu personagem que ora se apresenta inocente demais para o mundo capitalista ao seu redor, ora como um sonhador que deseja ter um futuro melhor nessa nova nação. Na época em que o filme foi lançado ainda se vivia a guerra fria e esse personagem soviético tão humano acabou cativando o público americano que fez do filme um sucesso de bilheteria. Assim essa produção foi de fato a porta de entrada que Robin Williams vinha esperando para finalmente ser um ator de cinema. Não resta dúvida que o elegante cineasta Paul Mazursky realizou uma bela obra cinematográfica, apesar de suas modestas pretensões.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de setembro de 2023

O Negócio é Sobreviver

Título no Brasil: O Negócio é Sobreviver
Título Orinal: The Survivors
Ano de Lançamento: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Michael Ritchie
Roteiro: Michael Leeson
Elenco: Walter Matthau, Robin Williams, Jerry Reed

Sinopse:
Depois de ambos terem perdido o emprego, dois estranhos tornam-se amigos improváveis ​​depois de um encontro com um suposto ladrão, que na verdade é um assassino de aluguel que guarda rancor dos dois.

Comentários:
Essa comédia do começo dos anos 80 tem algo bem especial, seu elenco. Reuniram dois comediantes excelentes. O veterano Walter Matthau estava entrando naquele momento em sua última fase, curiosamente um período de bons sucessos comerciais no cinema. Ele aprimorou aquele tipo de personagem que o tornaria inesquecível, a do homem velho, meio rabugento, mas ainda dotado de bons sentimentos, apesar do cinismo sempre presente. Já Robin Williams, ainda no começo da carreira, teve a oportunidade de aprender muito com as dicas do experiente Matthau. Pena que esse foi o único filme que fizeram juntos. Uma dupla de bons atores e excelentes comediantes que deveria ter sido unido em outros filmes. De maneira em geral é uma comédia que me agradou bastante e que até hoje, revista, funciona bem. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

O Mundo Segundo Garp

Título no Brasil: O Mundo Segundo Garp
Título Original: The World According to Garp
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: George Roy Hill
Roteiro: John Irving, Steve Tesich
Elenco: Robin Williams, Glenn Close, John Lithgow, Mary Beth Hurt

Sinopse:
Um jovem escritor esforçado vê sua vida e obra dominadas por sua esposa infiel e sua mãe feminista radical, cujo manifesto de sucesso a transforma em um ícone cultural. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz coadjuvante (Glenn Close) e melhor ator coadjuvante (John Lithgow). 

Comentários:
Uma das coisas mais tristes que presenciei nessa minha longa vida de cinéfilo foi a morte trágica do Robin Williams. Como era possível um ator como aquele, um comediante nato, um homem que ganhou a vida fazendo os outros rirem, se matar daquela forma? Como disse certa vez o Jô Soares, o suicídio era a ausência completa de humor na vida de uma pessoa. E como era possível um profissional que viveu do humor resolver tirar sua própria vida? Era algo bem triste. Esse filme aqui em questão é da fase primeira da carreira de Robin Williams no cinema. Ele vinha fazendo sucesso na TV, mas no concorrido mundo do cinema ainda não era ninguém relevante. Acabou que esse filme abriu as portas da sétima arte para ele. O resto, como todos já bem sabemos, é história.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de julho de 2023

Popeye

Título no Brasil: Popeye
Título Original: Popeye
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Walt Disney Productions
Direção: Robert Altman
Roteiro: Jules Feiffer
Elenco: Robin Williams, Shelley Duvall, Ray Walston, Paul Dooley, Paul L. Smith, Richard Libertini

Sinopse:
Adaptação para o cinema das aventuras do personagem de histórias em quadrinhos chamado Popeye. Ele é um marinheiro apaixonado pela Olivia Palito (Shelley Duvall), mas antes precisa enfrentar as trapaças do vilão Brutus (Paul L. Smith), inimigo de Popeye que também quer a mão de Olivia, sua grande paixão.

Comentários:
Popeye foi criado pelo cartunista E.C. Segar na década de 1920, ou seja, é um personagem antigo que está perto de completar 100 anos de sua criação. Ele sempre foi muito ideal para cartoons, desenhos animados e tirinhas em quadrinhos. Porém adaptar tudo isso para o cinema, em um filme com atores de carne e osso, sempre foi um desafio muito grande. E isso se refletiu ao longo dos anos. Durante décadas esse foi projeto foi adiado justamente por causa desses problemas de adaptação. Porém no começo dos anos 1980 a Disney (que detinha os direitos autorais do personagem) se aliou aos estúdios da Paramount para vencer esse desafio. O resultado podemos conferir nessa produção. OK, Robin Williams era um comediante talentoso e ele sem dúvida é a melhor coisa do filme, mas não há como negar que a coisa toda ficou meio estranha. O mais bizarro é que o diretor Robert Altman preferiu ir para o lado caricatural da coisa e aí... o resultado ficou pior ainda. Aliás quem teve a ideia de colocar Altman para dirigir esse filme? Não havia nome mais inadequado para dirigir um filme como esse do que ele. Diretor de filmes de arte, cults, dirigindo filme sobre Popeye? Não fez o menor sentido. Assim temos um filme que merece aplausos pela coragem dos envolvidos, mas que no final das contas não conseguiu adaptar as aventuras do marinheiro Popeye da forma que todos esperavam. Confirmou-se a velha ideia de que ele era mesmo inadaptável para o cinema.

Pablo Aluísio.