Simpática comédia romântica inspirada em "Cyrano de Bergerac", peça teatral clássica escrita em 1897 por Edmond Rostand. O tema central permaneceu o mesmo, porém adaptado para ser um filme estrelado pelo comediante Steve Martin. Ele interpreta C. D. Bales, um bombeiro romântico e de bom coração que a despeito de seu romantismo não consegue se relacionar com as mulheres por causa de um nariz enorme e nada estético. Ele nutre uma paixão platônica pela bela e jovem Roxanne (Daryl Hannah), mas não consegue se declarar a ela por vergonha de sua própria aparência. Bales acredita que se um dia vier a se declarar para sua amada será rejeitado. Para seu azar um jovem rapaz que trabalha ao seu lado no corpo de bombeiros da cidade também se apaixona por Roxanne. O sujeito é um tanto quanto vazio porém bonitão, então Bales resolve lhe ajudar, escrevendo lindos poemas de amor para ela. Assim Roxanne acaba se apaixonando pelo rapaz sem saber que todo aquele sentimentalismo e emoção na verdade não partem dele.
O roteiro de "Roxanne" foi escrito pelo próprio Steve Martin. Ele se saiu muito bem e acabou escrevendo um texto leve, sentimental e até mesmo, em certo aspecto, muito elegante. É importante ressaltar que "Roxanne" foi lançado em uma das fases mais inspiradas do ator. Ele conseguiu estrelar uma pequena obra prima atrás da outra. O diferencial desse filme para os demais era justamente o romantismo do personagem principal. O argumento é muito inteligente ao explorar um homem bom, de excelente caráter, que nunca consegue se tornar atraente para as mulheres simplesmente porque não tem os atributos físicos adequados. A sua beleza interior, que é imensa, é subjugada por seu nariz descomunal. Olhando sob esse ponto de vista temos uma bela lição de vida pela frente. Um filme bem acima da média, especialmente indicado para corações românticos que se identifiquem de alguma forma com o personagem principal.
Roxanne (Roxanne, Estados Unidos, 1987) Direção: Fred Schepisi / Roteiro: Steve Martin, baseado na obra de Edmond Rostand / Elenco: Steve Martin, Daryl Hannah, Rick Rossovich / Sinopse: C. D. Bales (Martin) é um bombeiro de uma cidade do interior dos Estados Unidos que se apaixona pela bela e radiante Roxanne (Hannah). Envergonhado por seu enorme nariz ele não consegue criar coragem para se declarar a ela. Quando um jovem membro da corporação se apaixona também por Roxanne, Bales se oferece para ajudar, escrevendo lindos poemas de amor para sua amada, algo que acabará criando muitos problemas. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Steve Martin).
Pablo Aluísio.
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domingo, 25 de agosto de 2024
domingo, 19 de maio de 2024
A Pequena Loja dos Horrores
Título no Brasil: A Pequena Loja dos Horrores
Título Original: Little Shop of Horrors
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Frank Oz
Roteiro: Howard Ashman
Elenco: Rick Moranis, Steve Martin, Bill Murray, John Candy, James Belushi
Sinopse:
Em uma floricultura de Nova Iorque as coisas vão mal. Poucos clientes, quase nenhum faturamento. Até que surge uma estranha planta carnívora que cresce em ritmo assombroso após se alimentar de sangue humano! Não demora e Audrey II acaba virando uma grande atração, atraindo uma nova clientela e gerando altos lucros para a empresa que estava praticamente falida. O preço para esse sucesso porém será bem alto! Adaptação em ritmo de divertido musical do clássico de terror B.
Comentários:
O primeiro "The Little Shop of Horrors" foi lançado em 1960. Não era um musical mas sim um filme B de horror e fantasia muito bem bolado que ao longo dos anos acabou virando cult. Não era para menos. Dirigido pelo mestre Roger Corman e contando no elenco com um jovem e inexperiente Jack Nicholson em começo de carreira a produção simples era muito carismática e cativante. Vinte e seis anos depois a Warner Bros resolveu bancar um remake daquele saboroso pequeno filme. A temática porém seria bem outra. O tom agora seria de um musical ao velho estilo, com várias sequências onde a música seria a principal protagonista. O enredo continuaria o mesmo mas agora tudo soaria como se o espectador estivesse assistindo a um show na Broadway (ou quase isso). Para dar vida à planta Audrey II o estúdio investiu na tecnologia dos animatronics, com ótimos resultados (os efeitos de fato não envelheceram em nada, não ficaram datados). Some-se a isso as excelentes participações de humoristas famosos e você terá uma pequena obra prima. O elenco é liderado pelo simpático Rick Moranis (de "Os Caça-Fantasmas" e "Querida, encolhi as Crianças) mas quem rouba o show mesmo é Steve Martin em hilariante papel, a de um dentista sádico e alucinado, misto de motoqueiro dos anos 50 com maluco de plantão que tem enorme prazer em causar muita dor em seus aterrorizados pacientes. O filme é isso, uma saborosa e engraçada diversão para toda a família.
Pablo Aluísio.
Título Original: Little Shop of Horrors
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Frank Oz
Roteiro: Howard Ashman
Elenco: Rick Moranis, Steve Martin, Bill Murray, John Candy, James Belushi
Sinopse:
Em uma floricultura de Nova Iorque as coisas vão mal. Poucos clientes, quase nenhum faturamento. Até que surge uma estranha planta carnívora que cresce em ritmo assombroso após se alimentar de sangue humano! Não demora e Audrey II acaba virando uma grande atração, atraindo uma nova clientela e gerando altos lucros para a empresa que estava praticamente falida. O preço para esse sucesso porém será bem alto! Adaptação em ritmo de divertido musical do clássico de terror B.
Comentários:
O primeiro "The Little Shop of Horrors" foi lançado em 1960. Não era um musical mas sim um filme B de horror e fantasia muito bem bolado que ao longo dos anos acabou virando cult. Não era para menos. Dirigido pelo mestre Roger Corman e contando no elenco com um jovem e inexperiente Jack Nicholson em começo de carreira a produção simples era muito carismática e cativante. Vinte e seis anos depois a Warner Bros resolveu bancar um remake daquele saboroso pequeno filme. A temática porém seria bem outra. O tom agora seria de um musical ao velho estilo, com várias sequências onde a música seria a principal protagonista. O enredo continuaria o mesmo mas agora tudo soaria como se o espectador estivesse assistindo a um show na Broadway (ou quase isso). Para dar vida à planta Audrey II o estúdio investiu na tecnologia dos animatronics, com ótimos resultados (os efeitos de fato não envelheceram em nada, não ficaram datados). Some-se a isso as excelentes participações de humoristas famosos e você terá uma pequena obra prima. O elenco é liderado pelo simpático Rick Moranis (de "Os Caça-Fantasmas" e "Querida, encolhi as Crianças) mas quem rouba o show mesmo é Steve Martin em hilariante papel, a de um dentista sádico e alucinado, misto de motoqueiro dos anos 50 com maluco de plantão que tem enorme prazer em causar muita dor em seus aterrorizados pacientes. O filme é isso, uma saborosa e engraçada diversão para toda a família.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 22 de março de 2024
Três Amigos!
Título no Brasil: Três Amigos!
Título Original: Three Amigos
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Steve Martin, Lorne Michaels
Elenco: Steve Martin, Chevy Chase, Martin Short, Joe Mantegna
Sinopse:
Uma humilde vila de mexicanos resolve juntar seus poucos recursos para contratar três americanos que eles pensam ser grandes pistoleiros do velho oeste. Na verdade são apenas três atores canastrões de filmes de faroeste da era do cinema mudo. O engano dará origem a muitas confusões envolvendo o trio de trapalhões.
Comentários:
Confesso que nunca achei grande coisa dessa comédia, isso apesar de ter sido assinada por um dos meus diretores preferidos, o talentoso John Landis, uma espécie de sub-Steven Spielberg dos anos 80. Certamente gosto muito dos filmes do texano Steve Martin, que aqui se alia a dois outros humoristas divertidos, Chevy Chase e Martin Short. Apesar de tanta gente boa reunida a coisa simplesmente não funciona! Acredito que o filme não deu muito certo porque não tem enredo suficiente para um longa-metragem. Talvez funcionasse muito bem na TV, no Saturday Night Live, em sequências rápidas e bem boladas, mas em um filme inteiro, repetindo praticamente a mesma piada, cena após cena, a coisa toda ficou cansativa e sem graça! Sinceramente me pareceu excessivo. Sempre considerei esse filme um dos mais caricatos (no sentido ruim da palavra) da filmografia de Steve Martin. Os personagens são ingenuamente bobinhos, mas infelizmente não engraçados. Aqui temos um caso bem claro de que sempre que se aposta em um humor muito inofensivo, politicamente correto até a medula, as coisas não funcionam como deveriam. De bom mesmo apenas a sátira aos primeiros cowboys do cinema americano, ainda no advento do cinema mudo. Seus figurinos, acredite, não são nada exagerados se comparados ao que os pioneiros realmente usavam nas fitas da época. Pois é, os primeiros atores do faroeste mais pareciam artistas de circo do que homens do velho oeste de verdade. Nesse ponto o filme acertou, o que talvez o salve de ser efetivamente uma decepção completa.
Pablo Aluísio.
Título Original: Three Amigos
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Steve Martin, Lorne Michaels
Elenco: Steve Martin, Chevy Chase, Martin Short, Joe Mantegna
Sinopse:
Uma humilde vila de mexicanos resolve juntar seus poucos recursos para contratar três americanos que eles pensam ser grandes pistoleiros do velho oeste. Na verdade são apenas três atores canastrões de filmes de faroeste da era do cinema mudo. O engano dará origem a muitas confusões envolvendo o trio de trapalhões.
Comentários:
Confesso que nunca achei grande coisa dessa comédia, isso apesar de ter sido assinada por um dos meus diretores preferidos, o talentoso John Landis, uma espécie de sub-Steven Spielberg dos anos 80. Certamente gosto muito dos filmes do texano Steve Martin, que aqui se alia a dois outros humoristas divertidos, Chevy Chase e Martin Short. Apesar de tanta gente boa reunida a coisa simplesmente não funciona! Acredito que o filme não deu muito certo porque não tem enredo suficiente para um longa-metragem. Talvez funcionasse muito bem na TV, no Saturday Night Live, em sequências rápidas e bem boladas, mas em um filme inteiro, repetindo praticamente a mesma piada, cena após cena, a coisa toda ficou cansativa e sem graça! Sinceramente me pareceu excessivo. Sempre considerei esse filme um dos mais caricatos (no sentido ruim da palavra) da filmografia de Steve Martin. Os personagens são ingenuamente bobinhos, mas infelizmente não engraçados. Aqui temos um caso bem claro de que sempre que se aposta em um humor muito inofensivo, politicamente correto até a medula, as coisas não funcionam como deveriam. De bom mesmo apenas a sátira aos primeiros cowboys do cinema americano, ainda no advento do cinema mudo. Seus figurinos, acredite, não são nada exagerados se comparados ao que os pioneiros realmente usavam nas fitas da época. Pois é, os primeiros atores do faroeste mais pareciam artistas de circo do que homens do velho oeste de verdade. Nesse ponto o filme acertou, o que talvez o salve de ser efetivamente uma decepção completa.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
Um Espírito Baixou em Mim
Título no Brasil: Um Espírito Baixou em Mim
Título Original: All of Me
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Carl Reiner
Roteiro: Henry Olek
Elenco: Steve Martin, Lily Tomlin, Victoria Tennant, Madolyn Smith Osborne, Richard Libertini, Dana Elcar
Sinopse:
Um milionário moribundo transfere sua alma para uma mulher mais jovem e disposta. No entanto, algo dá errado, e sua alma acaba indo parar no corpo de Roger Cobb (Steve Martin). Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor ator - comédia (Steve Martin) e melhor atriz - comédia (Lily Tomlin).
Comentários:
Steve Martin sempre foi um dos comediantes mais talentosos de sua geração. E ele conseguiu fazer perfeitamente bem a transição do teatro, da TV, para o cinema. Na década de 1980 ele emplacou uma série de filmes de sucesso, demonstrando ser um dos mais promissores humoristas da época. Esse "Um Espírito Baixou em Mim" foi um hit de sua carreira, um sucesso comercial, tanto nos cinemas como principalmente depois quando chegou no mercado de vídeo VHS. Aliás suas fitas eram sucessos garantidos nas locadoras. Eram filmes divertidos, sem piadas ofensivas, um tipo de entretenimento saudável que podia ser assistido por toda a família. Sucesso garantido. Sua parceria com o diretor Carl Reiner rendeu ótimos momentos de humor e diversão. Nesse filme aqui em especial Steve Martin fez um de seus trabalhos mais engraçados, usando de maneirismos e cacoetes para interpretar um homem possuído por uma mulher afetada! Ficou ótimo o resultado. Esqueça "O Exorcista" e dê boas risadas com essa comédia dos anos 80.
Pablo Aluísio.
Título Original: All of Me
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Carl Reiner
Roteiro: Henry Olek
Elenco: Steve Martin, Lily Tomlin, Victoria Tennant, Madolyn Smith Osborne, Richard Libertini, Dana Elcar
Sinopse:
Um milionário moribundo transfere sua alma para uma mulher mais jovem e disposta. No entanto, algo dá errado, e sua alma acaba indo parar no corpo de Roger Cobb (Steve Martin). Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor ator - comédia (Steve Martin) e melhor atriz - comédia (Lily Tomlin).
Comentários:
Steve Martin sempre foi um dos comediantes mais talentosos de sua geração. E ele conseguiu fazer perfeitamente bem a transição do teatro, da TV, para o cinema. Na década de 1980 ele emplacou uma série de filmes de sucesso, demonstrando ser um dos mais promissores humoristas da época. Esse "Um Espírito Baixou em Mim" foi um hit de sua carreira, um sucesso comercial, tanto nos cinemas como principalmente depois quando chegou no mercado de vídeo VHS. Aliás suas fitas eram sucessos garantidos nas locadoras. Eram filmes divertidos, sem piadas ofensivas, um tipo de entretenimento saudável que podia ser assistido por toda a família. Sucesso garantido. Sua parceria com o diretor Carl Reiner rendeu ótimos momentos de humor e diversão. Nesse filme aqui em especial Steve Martin fez um de seus trabalhos mais engraçados, usando de maneirismos e cacoetes para interpretar um homem possuído por uma mulher afetada! Ficou ótimo o resultado. Esqueça "O Exorcista" e dê boas risadas com essa comédia dos anos 80.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de novembro de 2023
Rapaz Solitário
Título no Brasil: Rapaz Solitário
Título Original: The Lonely Guy
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Bruce Jay Friedman, Neil Simon
Elenco: Steve Martin, Charles Grodin, Judith Ivey
Sinopse:
Quando o tímido Larry Hubbard (Martin) encontra sua namorada na cama com outro homem, ele é forçado a começar uma nova vida como solteiro. Mas como que ele não consegue suportar ficar sozinho ele tenta cortejar a bela Iris, que não é, contudo, interessada nele. Larry começa então a escrever um livro sobre sua experiência como um homem solitário, que torna-se inesperadamente um best-seller da noite para o dia!
Comentários:
Eu falei pouco do Steve Martin até hoje aqui no blog, o que foi um erro de minha parte pois ele sempre foi um comediante genial. É verdade que de uns tempos pra cá a qualidade de seus filmes decaiu bastante mas isso não tira o mérito de seu talento como humorista e showman. A melhor fase do Martin aconteceu justamente nos anos 80 quando ele estrelou uma série de comédias muito criativas e divertidas. Conheci Martin não no cinema daquela época mas sim através de suas fitas que eram lançadas no mercado de VHS. Sempre que havia algo novo dele levava para casa para conferir. Raramente me decepcionava ou não gostava do filme. Martin era realmente um diferencial. Esse "Rapaz Solitário" considero simplesmente genial. Esse é um daqueles filmes que foram injustamente subestimados e acabaram sendo esquecidos. O humor aqui nasce da melancolia da situação em que vive o personagem de Steve Martin que apresenta as dificuldades pelos quais passa um homem solitário nos dias atuais. Tem um roteiro muito bem escrito, tocante mesmo, e consegue arrancar lágrimas e risos na mesma proporção. Também com a assinatura de Neil Simon no texto não poderia ser diferente. "The Lonely Guy" é realmente uma pequena obra prima.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Lonely Guy
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Bruce Jay Friedman, Neil Simon
Elenco: Steve Martin, Charles Grodin, Judith Ivey
Sinopse:
Quando o tímido Larry Hubbard (Martin) encontra sua namorada na cama com outro homem, ele é forçado a começar uma nova vida como solteiro. Mas como que ele não consegue suportar ficar sozinho ele tenta cortejar a bela Iris, que não é, contudo, interessada nele. Larry começa então a escrever um livro sobre sua experiência como um homem solitário, que torna-se inesperadamente um best-seller da noite para o dia!
Comentários:
Eu falei pouco do Steve Martin até hoje aqui no blog, o que foi um erro de minha parte pois ele sempre foi um comediante genial. É verdade que de uns tempos pra cá a qualidade de seus filmes decaiu bastante mas isso não tira o mérito de seu talento como humorista e showman. A melhor fase do Martin aconteceu justamente nos anos 80 quando ele estrelou uma série de comédias muito criativas e divertidas. Conheci Martin não no cinema daquela época mas sim através de suas fitas que eram lançadas no mercado de VHS. Sempre que havia algo novo dele levava para casa para conferir. Raramente me decepcionava ou não gostava do filme. Martin era realmente um diferencial. Esse "Rapaz Solitário" considero simplesmente genial. Esse é um daqueles filmes que foram injustamente subestimados e acabaram sendo esquecidos. O humor aqui nasce da melancolia da situação em que vive o personagem de Steve Martin que apresenta as dificuldades pelos quais passa um homem solitário nos dias atuais. Tem um roteiro muito bem escrito, tocante mesmo, e consegue arrancar lágrimas e risos na mesma proporção. Também com a assinatura de Neil Simon no texto não poderia ser diferente. "The Lonely Guy" é realmente uma pequena obra prima.
Pablo Aluísio.
domingo, 17 de setembro de 2023
Cliente Morto Não Paga
A ideia central até que é bem bolada: pegar dezenas de cenas avulsas de filmes clássicos e depois tentar inserir imagens do ator e comediante Steve Martin interagindo com elas. Uma paródia ao estilo do cinema noir dos anos 40. No começo o espectador se diverte com a imaginação e a originalidade, mas conforme a trama vai avançando você começa a perceber que nada mais faz muito sentido, até cair no vazio completo. Nesse ponto o filme perde o pique e se torna logo enfadonho e cansativo.
O diretor Carl Reiner pode até ser parabenizado pelo que criou, mas a verdade é que o clima de anarquia que ele depois imprimiu ao filme deu a sensação de desleixo e bagunça. Steve Martin teve que contracenar com o nada, dentro de um estúdio, até porque essa é uma fita onde a edição é tudo - da primeira à última cena. Talvez nos dias de hoje, com o avanço da tecnologia, as coisas funcionassem melhor. Já no começo da década de 80 tudo ficou apenas restrito nas boas intenções de seus realizadores e nada mais.
Cliente Morto Não Paga (Dead Men Don't Wear Plaid, Estados Unidos, 1982) Direção: Carl Reiner / Roteiro: Carl Reiner, George Gipe / Elenco: Steve Martin, Rachel Ward, Alan Ladd, entre outros grandes nomes da era de ouro do cinema americano. / Sinopse: Um filme curioso, mesclando cenas de filmes antigos com atores da atualidade, interpretando detetives do passdo.
Pablo Aluísio.
O diretor Carl Reiner pode até ser parabenizado pelo que criou, mas a verdade é que o clima de anarquia que ele depois imprimiu ao filme deu a sensação de desleixo e bagunça. Steve Martin teve que contracenar com o nada, dentro de um estúdio, até porque essa é uma fita onde a edição é tudo - da primeira à última cena. Talvez nos dias de hoje, com o avanço da tecnologia, as coisas funcionassem melhor. Já no começo da década de 80 tudo ficou apenas restrito nas boas intenções de seus realizadores e nada mais.
Cliente Morto Não Paga (Dead Men Don't Wear Plaid, Estados Unidos, 1982) Direção: Carl Reiner / Roteiro: Carl Reiner, George Gipe / Elenco: Steve Martin, Rachel Ward, Alan Ladd, entre outros grandes nomes da era de ouro do cinema americano. / Sinopse: Um filme curioso, mesclando cenas de filmes antigos com atores da atualidade, interpretando detetives do passdo.
Pablo Aluísio.
sábado, 12 de agosto de 2023
O Homem Com Dois Cérebros
Título no Brasil: O Homem Com Dois Cérebros
Título Original: The Man with Two Brains
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Carl Reiner
Roteiro: George Gipe, Steve Martin
Elenco: Steve Martin, Kathleen Turner, David Warner, Paul Benedict, Richard Brestoff, James Cromwell
Sinopse:
Um cirurgião especialista na área cerebral se casa com uma femme fatale, fazendo sua vida virar de cabeça para baixo. As coisas ficam mais erradas quando ele se apaixona por um cérebro falante. Um situação que o Dr. Michael Hfuhruhurr (Steve Martin) jamais poderia imaginar ser possível.
Comentários:
Outro sucesso comercial de Steve Martin, aqui bem no comecinho de sua carreira no cinema. O absurdo veio do péssimo título comercial que arranjaram no Brasil, chamando o filme de "O Médico Erótico". Isso era título de pornochanchada brasileira dos anos 70 e nada tinha a ver com a proposta original dessa comédia. Aqui o diretor Carl Reiner deu para seu grupo de roteiristas um velho roteiro, dos anos 50, que tinha uma daquelas histórias absurdas que eram comuns na época em que a imaginação voava no gênero da ficção. E transformaram tudo em uma comédia dos anos 80, que ficou mais uma vez muito divertida e engraçada. Steve Martin aproveitou também para trazer aquele estilo de humor que fazia sucesso no programa SNL (Saturday Night Live) para o cinema. A combinação de todos esses fatores foi perfeita. E a piada já começa no nome do personagem de Martin, que se chama Dr. Michael Hfuhruhurr, um nome absolutamente impossível de dizer. Assim deixo a dica desse bom momento do humor dos anos 80 para quem ainda não assistiu. O tempo só deixou o filme ainda mais engraçado e até nostálgico para quem o assistiu nos anos 80.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Man with Two Brains
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Carl Reiner
Roteiro: George Gipe, Steve Martin
Elenco: Steve Martin, Kathleen Turner, David Warner, Paul Benedict, Richard Brestoff, James Cromwell
Sinopse:
Um cirurgião especialista na área cerebral se casa com uma femme fatale, fazendo sua vida virar de cabeça para baixo. As coisas ficam mais erradas quando ele se apaixona por um cérebro falante. Um situação que o Dr. Michael Hfuhruhurr (Steve Martin) jamais poderia imaginar ser possível.
Comentários:
Outro sucesso comercial de Steve Martin, aqui bem no comecinho de sua carreira no cinema. O absurdo veio do péssimo título comercial que arranjaram no Brasil, chamando o filme de "O Médico Erótico". Isso era título de pornochanchada brasileira dos anos 70 e nada tinha a ver com a proposta original dessa comédia. Aqui o diretor Carl Reiner deu para seu grupo de roteiristas um velho roteiro, dos anos 50, que tinha uma daquelas histórias absurdas que eram comuns na época em que a imaginação voava no gênero da ficção. E transformaram tudo em uma comédia dos anos 80, que ficou mais uma vez muito divertida e engraçada. Steve Martin aproveitou também para trazer aquele estilo de humor que fazia sucesso no programa SNL (Saturday Night Live) para o cinema. A combinação de todos esses fatores foi perfeita. E a piada já começa no nome do personagem de Martin, que se chama Dr. Michael Hfuhruhurr, um nome absolutamente impossível de dizer. Assim deixo a dica desse bom momento do humor dos anos 80 para quem ainda não assistiu. O tempo só deixou o filme ainda mais engraçado e até nostálgico para quem o assistiu nos anos 80.
Pablo Aluísio.
domingo, 30 de julho de 2023
O Panaca
Esse pode ser considerado o primeiro filme de Steve Martin no cinema. Antes disso ele era mais conhecido por suas apresentações no palco em cidades como Chicago, Nova Iorque e Los Angeles e por aparições em programas de TV como Saturday Night Live nas noites de sábado, um dos mais assistidos dos Estados Unidos. Então a oportunidade apareceu para Martin quando um conhecido produtor resolveu lhe convidar para atuar nessa comédia. Não era, como muitos pensavam, um remake de um antigo filme de Jerry Lewis. Era um roteiro novo que procurava seguir por outros caminhos.
Na história Steve Martin interpretava um jovem muito ingênuo do interior que ia para a cidade grande em busca de oportunidades. Sua ingenuidade iria se revelar seu maior defeito, mas também sua maior qualidade, o que o faria subir na vida, em busca de fama e fortuna. É uma boa comédia, mas para os padrões atuais poderia ser até mesmo um pouco ofensiva, principalmente como retrata as pessoas que moram em cidades do interior.
O Panaca (The Jerk, Estados Unidos, 1979) Direção: Carl Reiner / Roteiro: Steve Martin, Carl Gottlieb / Elenco: Steve Martin, Bernadette Peters, Catlin Adams / Sinopse: Homem do interior, muito ingênuo, sem experiência e vivência de vida, vai morar na cidade grande, onde passa por muitas situações divertidas, engraçadas, mas também perigosas.
Pablo Aluísio.
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