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quinta-feira, 11 de abril de 2024

Desejo Proibido

Título no Brasil: Desejo Proibido
Título Original: If These Walls Could Talk 2
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films,
Direção: Jane Anderson, Martha Coolidge
Roteiro: Jane Anderson, Sylvia Sichel
Elenco: Vanessa Redgrave, Sharon Stone, Ellen DeGeneres, Elizabeth Perkins, Michelle Williams, Paul Giamatti, Chloë Sevigny

Sinopse:
O filme mostra, através de 3 narrativas, os problemas enfrentados por mulheres lésbicas ao longo dos anos. Nos anos 60 Edith (Vanessa Redgrave) precisa lutar por seus direitos após a morte de sua amada. Elas viveram 50 anos juntas, mas a família da sua esposa não admite dar nenhum direito a ela por causa desse romance homossexual. Nos anos 70 a jovem feminista Linda (Michelle Williams) sofre perseguição na universidade por sua opção sexual. Por fim, nos anos 2000, Fran (Sharon Stone) e Kal (Ellen DeGeneres), lutam para terem seu próprio filho.

Comentários:
Um bom telefilme que foi lançado no Brasil no mercado de vídeo. O roteiro é bem interessante, mostrando três histórias diferentes, em três décadas diversas, envolvendo lésbicas, mulheres que sofreram todos os tipos de preconceitos por serem homossexuais. No primeiro episódio, passado na década de 1960, uma mulher vê sua companheira morrer. O problema é que a família dela a abomina, justamente por ser gay. Após viverem 50 anos juntas, como casal, tudo termina de forma abrupta! As coisas não melhoram nos anos 1970, quando alunas são perseguidas na universidade onde estudam por serem lésbicas. Por fim, numa história atual, a estrela Sharon Stone é uma lésbica que precisa lutar para ter um filho com sua esposa, por causa dos problemas jurídicos envolvendo o reconhecimento de maternidade envolvendo um casal de lésbicas. Embora tenha sido feito para a TV a cabo (o filme foi produzido pela HBO, no começo do canal), tudo é de muito bom gosto, com elenco bonito e bela produção. Curiosamente do elenco feminino apenas Ellen DeGeneres é assumidamente lésbica. Vale a pena conhecer, principalmente para o público LGBTS.

Pablo Aluísio.

sábado, 27 de janeiro de 2024

Invasão de Privacidade

Depois do grande sucesso comercial de “Instinto Selvagem” era natural que Sharon Stone, mais cedo ou mais tarde, voltasse a interpretar uma personagem parecida com a loira fatal do filme anterior. Também era mais do que esperado que os estúdios direcionassem seus futuros filmes para a sensualidade à flor da pele, marca registrada de seu maior sucesso nas telas. O fato é que “Instinto Selvagem” mudou o status de Sharon Stone em Hollywood. Ela deixou de ser apenas uma atriz bonita para se tornar uma estrela, com tudo de bom e ruim que isso possa significar. Inteligente e muito extrovertida ela conseguiu se manter na mídia, indo a programas de entrevistas, aparecendo em capas de revistas, alimentando fofocas sobre sua vida pessoal, sempre se promovendo da melhor forma possível. Dentro desse contexto o roteiro sensual e (novamente) pervertido de “Invasão de Privacidade” parecia cair como uma luva em suas pretensões de alcançar mais um grande sucesso de bilheteria em sua carreira. Por um cachê milionário ela finalmente aceitou realizar o filme. Tudo parecia se encaixar bem. O roteirista seria o mesmo Joe Eszterhas  de “Instinto Selvagem” e a trama baseada na novela de Ira Levin parecia ser suficientemente picante para atrair novamente um grande público aos cinemas. O diretor seria o premiado australiano Phillip Noyce que já havia causado bastante polêmica com seu visceral “Terror a Bordo”.

Sharon Stone sabia que para o filme se tornar um sucesso tão grande quanto o anterior ela deveria ir além nas cenas sensuais e de erotismo. De fato o enredo, focado bastante no lado mais voyeur dos homens serviria bem a esse propósito. No filme ela interpreta Carly Norris, uma mulher dona de si e do seu destino. Ela se muda para um novo apartamento em um dos endereços mais exclusivos de Nova Iorque. Na vida emocional acaba se envolvendo com dois homens ao mesmo tempo em um excitante jogo de poder e sedução. Tudo caminha bem até o momento em que começa a desconfiar que de alguma forma alguém anda espionando sua vida, até nos mínimos detalhes. O argumento assim abre um aspecto curioso, levando o espectador a uma posição de pleno voyeurismo, vendo a vida privada da personagem principal, se deliciando com cada momento de sua intimidade. Como se esperava um grande sucesso de bilheteria a Paramount investiu pesado em marketing e promoção. O resultado porém se mostrou muito fraco. A produção que custou 40 milhões de dólares conseguiu apurar apenas pouco mais de 100 milhões. Não foi um fracasso como se chegou a dizer na época mas foi um resultado bem abaixo do esperado. Um alto executivo do estúdio chegou a afirmar que a Paramount esperava por pelo menos uns 300 milhões de caixa. Passou bem longe disso.  Artisticamente falando “Invasão de Privacidade” também deixou a desejar. O filme de um modo geral confunde sensualidade com vulgaridade e termina por não se tornar eroticamente interessante. Além disso a conclusão é sensacionalista e de mal gosto. Assim o chamado filme da consagração de Sharon Stone não passou de uma decepção demonstrando mais uma vez que já não se fazem mais estrelas de cinema como antigamente.

Invasão de Privacidade (Sliver, Estados Unidos, 1993) Direção: Phillip Noyce / Roteiro: Joe Eszterhas baseado na novela de Ira Levin / Elenco: Sharon Stone, Tom Berenger, William Baldwin, Martin Landau, Colleen Camp, Polly Walker, C. C. H. Pounder, Nina Foch. / Sinopse: No filme Sharon Stone interpreta Carly Norris, uma mulher dona de si e seu destino. Ela se muda para um novo apartamento em um dos endereços mais exclusivos de Nova Iorque. Na vida emocional acaba se envolvendo com dois homens ao mesmo tempo em um excitante jogo de poder e sedução. Tudo caminha bem até o momento em que começa a desconfiar que de alguma forma alguém anda espionando sua vida, até nos mínimos detalhes.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Instinto Selvagem

Provavelmente seja um dos thrillers eróticos mais conhecidos da história do cinema. O roteiro de Joe Eszterhas já vinha circulando em Hollywood há um bom tempo e despertado interesse de vários estúdios. Após começar um verdadeiro leilão pela venda de seus direitos a Carolco em sociedade com a produtora Canal + finalmente bateram o martelo e o compraram por uma soma substancial – três milhões de dólares – uma das maiores quantias já pagas dentro da indústria americana por um roteiro original. Michael Douglas usando de seu poder dentro de Hollywood logo conseguiu entrar no projeto para interpretar o detetive Nick Curran. Já o principal personagem feminino, a bela Catherine Tramell, se tornou um desafio e tanto. Afinal a atriz que iria interpretá-la tinha que ter o sex appeal perfeito aliado a um certo charme fatal. Conciliar ambas as características não seria nada fácil. Foi aí que Sharon Stone resolveu se candidatar antes mesmo que fosse procurada pelos produtores. Através de contatos conseguiu uma cópia do roteiro e gravou por conta própria um teste de câmera vestida como a sensual personagem. Foi até o diretor Paul Verhoeven e lhe deu a fita dizendo que era a atriz perfeita para o papel. E era mesmo. Não demorou muito para ser finalmente escalada para o personagem que seria o mais popular e icônico de toda a sua carreira.

O filme começa com um misterioso assassinato. Um importante homem de negócios da vida noturna de San Francisco é localizado morto, numa execução com tintas de sadismo e perversão. Logo o policial Nick Curran (Michael Douglas) é designado para investigar a morte do executivo. Seguindo pistas ele chega até a escritora de livros de mistério Catherine Tramell (Sharon Stone). O fato é que o crime cometido tinha enormes semelhanças com uma morte de ficção de um de seus mais populares livros. Além disso a vítima tinha um conhecido romance com a autora. Sensual, provocadora e muito sedutora ela logo joga todo o seu charme no velho tira que não demora a cair de amores pela beldade. Enquanto segue o jogo de sensualidade entre o casal, novas mortes vão surgindo em série mostrando que o policial está inerte, pois se encontra completamente seduzido pela bonita escritora. O filme fez um sucesso estupendo. Sharon Stone no auge da beleza deita e rola (literalmente) usando de todo seu charme para encantar o público masculino. Sua famosa cena quando cruza as pernas, revelando estar sem calcinhas, entrou para o imaginário erótico dos homens que ficaram extasiados. Michael Douglas conseguiu mais um grande sucesso numa fase de muitos êxitos comerciais em sua carreira de ator. O problema é que ele literalmente sumiu ao lado de Sharon Stone. Foi ofuscado completamente pela loira sensual. De qualquer modo o filme marcou muito e se tornou um pequeno clássico moderno. Infelizmente há alguns anos resolveram apelar ao realizaram uma continuação (péssima por sinal). Ignore e reveja o original, simplesmente perfeito em seu resultado final.

Instinto Selvagem (Basic Instinct, Estados Unidos, 1992) Direção: Paul Verhoeven / Roteiro: Joe Eszterhas, Gary L. Goldman / Elenco: Michael Douglas, Sharon Stone, George Dzundza, Jeanne Tripplehorn, Denis Arndt, Leilani Sarelle./ Sinopse: Tira veterano (Michael Douglas) se apaixona por autora de livros de mistério (Sharon Stone) que pode estar relacionada a uma série de mortes em San Francisco. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Atriz para Sharon Stone.

Pablo Aluísio.