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sábado, 6 de abril de 2024

Contos Proibidos do Marquês de Sade

Seu nome deu origem ao termo "Sadismo" (Prática sexual que consiste em obter prazer com a dor e o sofrimento de outra pessoa; prazer experimentado com o sofrimento alheio; crueldade extrema) Como se pode perceber o famoso (ou seria infame?) Marquês de Sade entrou para a história. Obviamente ele se tornou um personagem histórico entrando pelas portas dos fundos mas mesmo assim não é de se ignorar sua fama. O filme começa mostrando o outrora vaidoso nobre em seus últimos dias, completamente insano (provavelmente por ter contraído sífilis) e em duelo com um médico da instituição onde está internado. Assim como Casanova, o decadente marquês se notabilizou por tentar difundir na Europa uma nova forma de se praticar e obter prazer com o sexo. Geralmente misturando violência, tortura e sexo, o famigerado Sade acabou colecionando inúmeros inimigos em sua vida. Seus últimos dias foram completamente inglórios.

O maior destaque desse "Contos Proibidos do Marquês de Sade" é o ator australiano Geoffrey Rush. Ele está perfeito no papel, embora como é de se esperar de um personagem morto há tantos anos, não haja fontes seguras sobre como era ou como agia o verdadeiro Sade. Tudo o que Rush teve acesso foram os próprios escritos deixados pelo personagem. A partir deles ele então começou a construir o seu perfil. O trabalho é realmente primoroso e merece todos os elogios. Sua companheira de cena também está muito bem. Kate Winslet interpreta Madeleine 'Maddy' LeClerc e sempre que surge em cena impressiona o espectador. Como se isso fosse pouco o filme ainda apresenta um excelente elenco de apoio com nomes como Joaquin Phoenix e Michael Caine. O filme foi recebido com certas reservas mas atribuo isso ao conteúdo do material, afinal Sade não foi bem visto nem quando era vivo e nem muito menos agora, morto e retratado nessa produção. Mesmo assim esse é um filme que merece ser visto pois de fato é um ótimo retrato desse personagem realmente controverso da história.

Contos Proibidos do Marquês de Sade (Quills, Estados Unidos, 2000) Direção: Philip Kaufman / Roteiro: Doug Wright / Elenco: Geoffrey Rush, Kate Winslet, Joaquin Phoenix / Sinopse: Cinebiografia de Donatien Alphonse François de Sade, o Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740 — Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814), nobre europeu que ganhou notoriedade por causa de sua vida escandalosa e de seus livros considerados obscenos para a época em que viveu.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de março de 2024

Em Busca da Terra do Nunca

Peter Pan é um dos personagens mais famosos do universo infantil. Ele foi criado originalmente em uma peça de teatro escrita pelo dramaturgo James Mathew Barrie (1860 – 1937) que vivia um momento particularmente complicado de sua vida. O autor vinha de um grande fracasso de público e crítica com sua última peça e precisava urgentemente de um novo sucesso para se redimir. Em busca de novas idéias resolveu certa tarde ir passear em um parque próximo de sua casa. Ao ver um grupo de crianças brincando de forma despreocupada pensou em como seria bom viver eternamente na infância, sem pressões, sem obrigações, apenas brincando e vivendo sem preocupações. Diante desses pensamentos J.M. Barrie acabaria criando “Peter Pan”, um garoto que se recusava a crescer e deixar seus anos de criança para trás. É justamente a história da criação desse personagem imortal que acompanhamos no filme “Em Busca da Terra do Nunca”. O criador de Peter Pan é interpretado pelo astro Johnny Depp, aqui despido de maquiagem pesada, sempre presente em seus maiores sucessos. O ator fez pesquisa sobre Barrie mas de uma forma em geral não se destaca em sua atuação, se mostrando bem mais contido do que o habitual.
 
Interpretando o produtor teatral Charles Frohman o elenco ainda traz o grande Dustin Hoffman. Para quem não se lembra uma de suas atuações mais famosas foi justamente em “Hook”, uma versão de Peter Pan sob as lentes de Steven Spielberg. Lá ele fazia um Capitão Gancho afetado e histriônico. Mas sua presença não ajuda muito. Até a sempre marcante Kate Winslet está apagada. Em termos de elenco o grande destaque mesmo é a presença de Julie Christie, atriz de “Dr Jivago” que marcou época por causa de sua beleza nórdica. Apesar dos anos não perdeu a elegância e o estilo. Assim em termos gerais podemos dizer que o filme é muito bem realizado, com excelente reconstituição histórica e direção de arte caprichada e bonita mas é aquele tipo de produção que não tem um enredo dramaticamente forte o suficiente para se tornar interessante. O dramaturgo era, apesar de seu talento inegável para escrever, uma pessoa praticamente comum, sem grandes dramas a contar em sua vida pessoal. Ele acaba se tornando próximo a uma viúva e seus quatro filhos (que serviriam como fonte de inspiração para Peter Pan) mas fora isso nada de muito marcante acontece deixando o filme em muitos momentos arrastado, por não ter uma história melhor para contar. Vale como curiosidade histórica para se conhecer um pouco mais da vida do criador de Peter Pan e é só.

Em Busca da Terra do Nunca (Finding Neverland, Estados Unidos,  2003) Direção: Marc Forster / Roteiro: Allan Knee, David Magee / Elenco: Johnny Depp, Kate Winslet, Radha Mitchell, Julie Christie, Dustin Hoffman / Sinopse: Dramaturgo em crise após o fracasso de sua última peça de teatro resolve escrever algo completamente diferente. Seu novo texto era a estória infantil de um grupo de crianças que se recusam a crescer. O nome da peça? Peter Pan.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de janeiro de 2024

Titanic

Título no Brasil: Titanic
Título Original: Titanic
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Billy Zane, Kathy Bates, Bill Paxton, Jonathan Hyde
  
Sinopse:
Jack Dawson (DiCaprio) é um jovem pobretão que ganha numa aposta uma passagem de navio no imenso Titanic. A viagem partirá de Londres rumo aos Estados Unidos, considerado naqueles tempos a terra das oportunidades para imigrantes de todo o mundo. Durante a jornada Jack acaba conhecendo a bela Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet), uma garota rica e cheia de sonhos. Ambos se enamoram, mas antes que essa paixão venha a se concretizar definitivamente um grande desastre acontece. O Titanic esbarra em um iceberg em alto-mar, levando à morte centenas de milhares de seus passageiros. Filme vencedor de 11 Oscars.

Comentários:
Quando assisti "Titanic" pela primeira vez, nos cinemas em seu lançamento, pude perceber que o roteiro não era muito original. Na verdade era uma mistura e uma reciclagem de velhos clichês sentimentais e apelativos que curiosamente ainda funcionavam muito bem. Certas fórmulas nunca perdem seu poder de atração perante a plateia. O público e a crítica, claro, foram fisgados imediatamente. O curioso é que nada disso parecia ser o ponto principal do filme. A trama em si parecia uma coisa secundária, usada apenas para que James Cameron viabilizasse seus projetos ambiciosos de fazer as melhores imagens do navio afundado em alto-mar. Para isso ele gastou milhões de dólares. A bilheteria imensa do filme iria assim servir para tornar viável seu velho sonho de ir até as profundezas do Atlântico Norte ver como o Titanic se encontrava no presente. O resultado foi o que todos conhecemos. Como obra cinematográfica o filme é puramente piegas, mas de uma pieguice irresistível, com trilha sonora evocativa e o melhor dos mundos em termos de efeitos especiais, sonoros, etc. Tecnicamente é um filme perfeito, com roteiro redondinho para agradar às grandes massas (com aquela velha coisa romântica de garoto pobre se apaixonando por garota rica), um pano de fundo histórico não muito fiel aos fatos e toneladas de computação gráfica. Um milk-shake que todos estavam esperando consumir. A maioria que provou, gostou e não teve do que reclamar. O filme é o blockbuster romântico por excelência, provavelmente o maior de todos os tempos, o que não quer dizer que seja isento de falhas ou equívocos. Será que alguém ainda se importa com isso hoje em dia?

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Paixão Proibida

Título no Brasil: Paixão Proibida
Título Original: Jude
Ano de Lançamento: 1996
País: Reino Unido
Estúdio: BBC Films
Direção: Michael Winterbottom
Roteiro: Hossein Amini, Thomas Hardy
Elenco: Christopher Eccleston, Kate Winslet, Liam Cunningham

Sinopse:
O filme narra a história de um jovem casal inglês vivendo no século XIX. Eles possuem seus sonhos, seus projetos de vida, como ir para uma universidade, mas a vida e a luta pela sobrevivência acabam falando mais alto, fazendo com que eles acabem indo por outros caminhos. 

Comentários:
O cinema britânico já é elegante por natureza. A sofisticação e o requinte já fazem parte do estilo dessa cinematografia. Agora quando são filmes adaptados de romances de época, com ótima produção, figurinos perfeitos e um elenco em estado de graça, tudo fica ainda melhor. Esse é um romance clássico, ideal para quem aprecia esse tipo de produção inglesa. E temos ainda uma jovem Kate Winslet já se destacando muito, com ótima presença de cena, dicção perfeita e aquele sotaque que traz todo o charme para esse tipo de romance nas telas. Um filme muito bom, muito recomendado para quem estiver em busca de uma bela história de amor com muito requinte e sofisticação. 

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de outubro de 2023

Almas Gêmeas

Outro bom filme que pouca gente se lembra. O curioso é que o filme foi dirigido por Peter Jackson, bem no comecinho de sua carreira. Foi de fato a primeira produção cara, com elenco classe A, dirigida por Jackson em Hollywood. Antes disso ele não tinha feito praticamente nada e só havia chamado discretamente a atenção por causa dos estranhos filmes "Trash - Náusea Total" e "Fome Animal" (apreciados apenas pelos fãs do estilo mais podreira). É até surpreendente que um grande estúdio americano tenha apostado suas fichas em um filme como esse, que seria dirigido por um diretor underground e pouco conhecido fora de seu nicho. Apesar de ter praticamente tudo contra Jackson acabou realizando uma bonita obra de arte, muito surrealista e sensorial. "Heavenly Creatures" tem um estilo bem próprio, que mais parece um longo sonho estilizado.

A direção de arte é muito bonita e criativa e o elenco está muito bem, em especial a atriz Kate Winslet, ainda distante do estouro de "Titanic", que seria realizado alguns anos depois. Interessante também citar que o diretor James Cameron optou por ela justamente por causa desse filme, quem diria. Sua personagem tinha um estilo vitoriano de ser, o que acabou convencendo Cameron na escalação de Winslet no papel de Rose DeWitt Bukater. Já Peter Jackson também iria se consagrar nos anos que viriam, principalmente por causa de uma das franquias mais bem sucedidas da história, "The Lord of the Rings", mas claro que isso é uma outra história...

Almas Gêmeas (Heavenly Creatures, Estados Unidos, 1994) Direção: Peter Jackson / Roteiro: Peter Jackson, Fran Walsh / Elenco: Melanie Lynskey, Kate Winslet, Sarah Peirse / Sinopse: Um estranho elo liga duas almas gêmeas. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de setembro de 2023

O Leitor

Dentro da atual situação do cinema americano, onde prevalecem as produções infanto-juvenis, uma obra como "O Leitor" é mais do que bem-vinda. Aqui temos um filme com temática adulta, muito sutil e de bom gosto, tocando em assuntos delicados de forma muito sensível e talentosa. O roteiro é baseado no romance "Der Vorleser" do escritor alemão Bernhard Schlink e mostra a aproximação de uma mulher mais velha, já madura, com um rapaz que se oferece como leitor de livros de sua escolha. Hanna Schmitz (Kate Winslet) tem um passado nebuloso e violento que tenta esconder da melhor forma possível. Já o jovem Michael (David Kross) não parece se importar com o passado dela mas sim com o seu presente. Não tarda para que ele crie uma avassaladora paixão por Hanna. 

O mais interessante nesse argumento é o fato de mostrar o lado sensual e amoroso de pessoas que são essencialmente vistas pela sociedade como indivíduos desprovidos dessas qualidades. É o caso de Hanna que durante a II Guerra Mundial havia servido em funções de carrasco para o regime nazista. Alguém consegue imaginar sensualidade e desejo sexual em uma nazista convicta? Essa é a proposta subliminar no filme. De certa forma a produção tenta desmistificar essa visão que insiste em colocar fora da categoria humana antigos colaboradores do regime mais brutal que já foi exercido na história. 

"O Leitor" acabou sendo bastante elogiado em seu lançamento, de forma justa e merecida aliás. Um dos grandes trunfos do filme é a atuação da atriz Kate Winslet. Deixando definitivamente os dias de "Titanic" para trás ela aqui desenvolveu um de seus melhores trabalhos, talvez o melhor. Sua personagem tem uma extensa gama de emoções e sentimentos conflitantes a expor na tela mas Kate consegue com muita delicadeza expor tudo isso em cena. O fruto de uma atuação tão sensível e comovente veio na forma de prêmios após a exaltação de sua atuação. Kate Winslet venceu o Oscar, o Globo de Ouro e o Bafta, os três mais importantes prêmios do cinema. Como se não bastasse ajudou "O Leitor" a ser reconhecido em seu conjunto, colaborando decisivamente para que o filme fosse indicado a várias outras categorias da Academia como Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia. Um saldo final merecido para uma bela obra cinematográfica.  

O Leitor (The Reader, Estados Unidos, 2008) Direção: Stephen Daldry / Roteiro: David Hare, baseado no livro "Der Vorleser" do escritor alemão Bernhard Schlink / Elenco: Kate Winslet, Ralph Fiennes, Bruno Ganz, Alexandra Maria Lara, David Kross / Sinopse: O filme mostra o romance entre uma mulher mais velha, Hanna Schmitz (Kate Winslet), e o jovem Michael (David Kross) durante o pós segunda guerra mundial. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Razão e Sensibilidade

Título no Brasil: Razão e Sensibilidade
Título Original: Sense and Sensibility
Ano de Produção: 1995
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ang Lee
Roteiro: Emma Thompson
Elenco: Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant, Alan Rickman, James Fleet, Gemma Jones

Sinopse:
Baseado no romance escrito por Jane Austen, o filme "Razão e Sensibilidade" conta a história de Elinor Dame (Emma Thompson). Quando seu pai falece e deixa toda a herança para um filho de outro casamento, ela e suas irmãs, mais sua mae, ficam numa situação financeira bem ruim e isso em um tempo de sua vida que ela é também pressionada para arranjar um marido rico para se casar. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado(Emma Thompson).

Comentários:
Tive a oportunidade de assistir no cinema, na época de seu lançamento original. Esse filme é um primor de elegância e estilo. Não poderia ser diferente, uma vez que é a adaptação de um dos maiores clássicos da literatura inglesa, um romance escrito pela genial Jane Austen. Quem conhece sua obra sabe do que se trata. Ela escreveu sobre a sociedade britânica de seu tempo, os valores sociais que imperavam, as pequenas e grande hipocrisias, as dificuldades de ser um mulher inteligente e de personalidade dentro daquele meio social. Em um tempo cheio de muitos preconceitos e costumes rígidos, era extremamente complicado pensar de uma maneira original e até mesmo mais sensata. Esse filme foi um grande sucesso de crítica, sendo considerado um dos melhores de seu ano de lançamento. O detalhe diferenciado é que apesar de ser um material extremamente ligado à cultura da Inglaterra vitoriana, foi dirigido por um oriental, Ang Lee. O surpreendente é que apesar dessas diferenças culturas básicas, o filme como um todo deu muito certo. È um dos melhores dos anos 90, sem dúvida. Além de ter sido premiado com o Oscar de melhor roteiro adaptado, "Razão e Sensibilidade" ainda foi indicado nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Emma Thompson), melhor atriz coadjuvante (Kate Winslet), melhor direção de fotografia (Michael Coulter), melhor figurino (Jenny Beavan, John Bright) e melhor música (Patrick Doyle).

Pablo Aluísio.