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sábado, 20 de abril de 2024

Entre Irmãos

Remake de um filme da Dinamarca que inclusive seguiu as regras do movimento Dogma, chamado “Brødre" com roteiro e direção de Susanne Bier. O enredo é praticamente o mesmo, com pequenas variações e mudanças (a personagem de Natalie Portman no original tinha mais importância, por exemplo). Aqui acompanhamos os efeitos causados em uma família americana quando um dos irmãos (interpretado por Tobey Maguire, o ex-Homem-Aranha) é dado como desaparecido em combate na guerra do Afeganistão. Para trás ele deixa uma jovem viúva (Portman) e filhos. O problema é que seu irmão (Jake Gyllenhaal) acaba se envolvendo com ela, o que dará origem a um grande conflito emocional pois depois Tobey é resgatado e volta para os Estados Unidos, encontrando a delicada situação, com seu irmão dando em cima de sua esposa! "Entre Irmãos" foi dirigido pelo cineasta Jim Sheridan que foi acusado pela crítica de ter realizado um filme frio e impessoal demais. De fato Sheridan parece ter deixado sua fase mais inspirada para trás pois atualmente tem realmente asssinado filmes que não causam mais impacto, nem entre a crítica e nem entre o público.

Fato que se confirmou nesse "Brothers" que fracassou nas bilheterias americanas (pelo visto o povo de lá já está tão cansado e farto de guerras que não quer mais nem saber de ver filmes com essa temática). De minha parte tenho uma visão um pouco menos ácida sobre essa produção. A verdade é que esse filme não é ruim, muito longe disso, mas a crítica de uma maneira em geral caiu de porrada em cima (principalmente nos EUA). Atribuo toda essa má vontade ao trio central de atores. Como eles são figurinhas fáceis em blockbusters ultimamente quando tentaram fazer algo com mais conteúdo tiveram que sofrer uma avalanche de críticas pesadas. Depois de assistir não pude deixar de constatar que muitas delas são simplesmente injustas e revanchistas. O filme vale a pena ser descoberto e por mais incrível que isso possa parecer todo o elenco está bem, principalmente Jake Gyllenhaal, Natalie Portman e Tobey Maguire. Por isso recomendo sem receios.

Entre Irmãos (Brothers, Estados Unidos, 2009) Direção: Jim Sheridan / Roteiro: Jim Sheridan, baseado no filme original dirigido por Susanne Bier / Elenco: Jake Gyllenhaal, Natalie Portman, Tobey Maguire, Carey Mulligan e Sam Shepard / Sinopse: Após ser dado como morto a viúva de um militar acaba se envolvendo com o irmão dele. O problema é que ele está vivo e volta para os Estados Unidos criando um sério problema emocional com todos os envolvidos nesse complicado triângulo amoroso.

Pablo Aluísio.          

quarta-feira, 27 de março de 2024

Em Nome do Pai

Título no Brasil: Em Nome do Pai
Título Original: In the Name of the Father
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos, Irlanda, Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jim Sheridan
Roteiro: Gerry Conlon, Terry George
Elenco: Daniel Day-Lewis, Emma Thompson, Pete Postlethwaite, Alison Crosbie

Sinopse:
O jovem irlandês Gerry (Daniel Day-Lewis) é injustamente acusado de ser membro de uma facção terrorista de seu país e é condenado a uma pesada pena de prisão perpétua pela justiça inglesa, que naquele momento estava particularmente empenhada em deter e punir os membros de grupos de libertação da Irlanda, sob dominação inglesa por séculos. Na prisão Gerry começa uma intensa luta para provar sua inocência das acusações que lhe foram impostas de forma arbitrária e completamente injustas. 

Comentários:
Maravilhoso drama baseado em fatos reais vividos pelo autor Gerry Conlon que escreveu sobre sua terrível experiência no best seller "Proved Innocent". O que temos aqui é um manifesto contra a influência política sobre o judiciário, algo que infelizmente também tem se mostrado bem presente em nosso país nos dias atuais. O personagem Gerry era um jovem completamente inocente que foi preso simplesmente para se manter um status quo político na região onde morava. Foi a forma encontrada pelo governo inglês de punir e mostrar aos irlandeses que qualquer ato de subversão seria punido com rigor. O problema básico é que ele era inocente, um fato que foi propositalmente ignorado pelas autoridades britânicas. Um completo absurdo do ponto de vista jurídico. Daniel Day-Lewis como sempre brilha em sua interpretação. Seu inspirado trabalho em cena lhe valeu a indicação ao Oscar de Melhor Ator naquele ano mas infelizmente ele não levou (o que desagradou parte da crítica que apostava em seu prêmio). Emma Thompson também foi indicada de forma merecida mas também não levou. Na época muito se disse que houve influência do governo inglês para que o filme não fosse consagrado pela Academia (a produção no total foi indicada a sete estatuetas, incluindo direção, roteiro e filme mas acabou não sendo premiada em nenhum). Agora surge uma ótima oportunidade de conferir novamente esse belo filme que tanto do ponto de vista político como artístico é uma verdadeira obra prima.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Meu Pé Esquerdo

Título no Brasil: Meu Pé Esquerdo
Título Original: My Left Foot
Ano de Produção: 1989
País: Irlanda, Inglaterra
Estúdio: Ferndale Films
Direção: Jim Sheridan
Roteiro: Shane Connaughton, Jim Sheridan
Elenco: Daniel Day-Lewis, Brenda Fricker, Alison Whelan, Kirsten Sheridan, Declan Croghan, Eanna MacLiam

Sinopse:
Filme baseado em uma história real. Christy Brown (Daniel Day-Lewis) é um jovem com necessidades especiais. Ele é diagnosticado com paralisia cerebral, o que o torna cadeirante, mas sua mãe decide incentivar a inteligência e o talento para as artes do filho. Apesar de só poder usar o pé esquerdo para pintar e escrever, ele acaba se tornando um grande artista de seu tempo. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme e melhor roteiro adaptado.

Comentários:
Filme maravilhoso e uma grande lição de vida. Especialmente indicado para as pessoas que vivem reclamando da vida, se lamentando e se fazendo de vítimas. A história de Christy Brown mostra acima de tudo que não há limites para a grandeza da alma humana. O roteiro também segue na mesma linha, mostrando o protagonista como alguém de uma sensibilidade ímpar, que queria acima de tudo se expressar através da arte que produzia, mesmo com todas as limitações físicas a que era submetido. Além da bonita história que conta, o filme ainda tem um elenco excepcional. O que dizer da interpretação de Daniel Day-Lewis? Essa é uma daquelas atuações que faz o espectador bater palmas ao final do filme. Ele se transformou completamente, mostrando não apenas sua versatilidade como grande ator, mas também pela sensibilidade poética que dá vida ao seu personagem. Não foi por acaso que acabou vencendo o Oscar de melhor ator naquele ano. Inclusive foi uma daquelas premiações que todos já sabiam quem iria vencer. Não havia nenhum concorrente à altura. Brenda Fricker também foi premiada com o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Uma atuação de puro coração, porém Daniel Day-Lewis foi mesmo o grande destaque. Uma performance realmente sobrenatural.

Pablo Aluísio.