Título no Brasil: O Show de Truman
Título Original: The Truman Show
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Peter Weir
Roteiro: Andrew Niccol
Elenco: Jim Carrey, Ed Harris, Laura Linney
Sinopse:
Truman Burbank (Jim Carrey) aparenta ser um sujeito dos mais comuns. Vendedor de seguros, ele vai levando uma vida típica de um americano como qualquer outro de sua idade. O que ele não sabe é que sua vida na realidade é um reality show, assistido por milhões de telespectadores ao redor do mundo. Sua família e seus amigos na verdade são atores contratados para contracenar com Truman sem que ele nem ao menos saiba disso. Filme indicado a três Oscars nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris), Melhor Direção (Peter Weir) e Melhor Roteiro Original (Andrew Niccol). Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Jim Carrey), Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris) e Melhor Trilha Sonora Original (Burkhard von Dallwitz e Philip Glass).
Comentários:
Mais uma grande aposta de Jim Carrey em ser levado a sério como ator. Na época ele acreditava que iria vencer o Oscar de Melhor ator por essa performance. O interessante é que se olharmos para trás vamos perceber que em seus anos de maior popularidade, Carrey tentou mudar os rumos de sua carreira, abraçando filmes mais ousados, deixando um pouco de lado as comédias escrachadas de lado, para ser reconhecido como um ator de verdade, de talento. Apesar de todas as suas boas intenções seus planos acabaram não dando em nada. Hoje em dia ele tem se voltado para as mesmas comédias bobas do começo de seu sucesso, dessa vez não para ganhar os críticos, mas sim para salvar mesmo sua carreira do desastre. Até contracenar com pinguins digitais ele já andou topando. Apesar de tudo isso temos que dar o braço a torcer pois "O Show de Truman" é de fato um bom filme, uma crítica muito precisa sobre a proliferação dos chamados reality shows e do poder de manipulação da mídia levada às últimas consequências. A crítica até gostou e resenhas elogiosas pipocaram nos principais meios de comunicação mas o público cativo de Carrey, o mesmo que lhe proporcionou polpudas bilheterias ao longo dos anos, não curtiu muito, achando que tudo soava cerebral demais e pouco engraçado. Realmente, "The Truman Show" não é uma comédia, está mais para um drama melancólico, algo que efetivamente espantou seus fãs mais antigos e fiéis.
Pablo Aluísio.
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quinta-feira, 26 de setembro de 2024
sexta-feira, 28 de junho de 2024
O Mentiroso
Eu posso estar enganado mas sempre achei o Jim Carrey o sucessor legítimo do humor físico de Jerry Lewis. Carrey herdou mesmo esse filão das comédias mais escrachadas onde o humor não vem da finesse e nem do lado mais intelectual de refinadas piadas mas sim do grotesco, do exagerado, do pastelão. Indo por essa linha esse "Liar, Liar" (O Mentiroso) é dos mais divertidos. Carrey interpreta um advogado que não pode mentir por 24 horas! O roteiro brinca com o senso comum que afirma que advogados em geral são grandes mentirosos ou sendo mais sutil, pequenos manipuladores da realidade, vamos dizer assim. Há cenas realmente impagáveis, principalmente quando Carrey na pele do advogado tem que defender os maiores pilantras e escroques da cidade. Como não mentir ao defender esse tipo de escória?
Outro ponto muito bem explorado pelo divertido roteiro nasce quando o personagem principal tem que driblar as pequenas mentiras que todas as pessoas dizem em seu dia a dia. Como sabemos o trato diário é sim construído através de pequenas - e grandes - mentiras que por educação dizemos todos os dias. Desde o elogio falso, até a justificativa educada mas mentirosa que todos usam para escapar de situações chatas ou que não são de seu interesse. É o que todos chamam de "desculpa esfarrapada", quando por exemplo não queremos encontrar determinadas pessoas e dizemos que "estamos gripados" ou quando não damos uma esmola a um pedinte na rua porque sabemos que muito provavelmente o dinheiro será gasto em bebidas e não em comida ou roupas quentes. Enfim, se você quiser dar algumas boas risadas com várias cenas pra lá de divertidas esse "O Mentiroso" é mais do que indicado. Um filme do tempo em que o Jim Carrey era de fato bem engraçado.
O Mentiroso (Liar Liar, Estados Unidos, 1997) Direção: Tom Shadyac / Roteiro: Paul Guay, Stephen Mazur / Elenco: Jim Carrey, Maura Tierney, Justin Cooper / Sinopse: Advogado tem que só contar a verdade por torturantes 24 horas. Um dos grandes sucessos da carreira do comediante Jim Carrey.
Pablo Aluísio.
Outro ponto muito bem explorado pelo divertido roteiro nasce quando o personagem principal tem que driblar as pequenas mentiras que todas as pessoas dizem em seu dia a dia. Como sabemos o trato diário é sim construído através de pequenas - e grandes - mentiras que por educação dizemos todos os dias. Desde o elogio falso, até a justificativa educada mas mentirosa que todos usam para escapar de situações chatas ou que não são de seu interesse. É o que todos chamam de "desculpa esfarrapada", quando por exemplo não queremos encontrar determinadas pessoas e dizemos que "estamos gripados" ou quando não damos uma esmola a um pedinte na rua porque sabemos que muito provavelmente o dinheiro será gasto em bebidas e não em comida ou roupas quentes. Enfim, se você quiser dar algumas boas risadas com várias cenas pra lá de divertidas esse "O Mentiroso" é mais do que indicado. Um filme do tempo em que o Jim Carrey era de fato bem engraçado.
O Mentiroso (Liar Liar, Estados Unidos, 1997) Direção: Tom Shadyac / Roteiro: Paul Guay, Stephen Mazur / Elenco: Jim Carrey, Maura Tierney, Justin Cooper / Sinopse: Advogado tem que só contar a verdade por torturantes 24 horas. Um dos grandes sucessos da carreira do comediante Jim Carrey.
Pablo Aluísio.
domingo, 4 de fevereiro de 2024
Debi & Lóide
É óbvio que eu jamais indicaria esse filme para pessoas mais sofisticadas que gostem de um tipo de humor mais refinado, como o britânico, por exemplo. "Debi & Lóide" é produto de massa, nada sutil, totalmente escrachado e debochado, uma produção que não tem vergonha de apelar para literalmente tudo - sim, vale tudo nesse roteiro para fazer o espectador rir, sem constrangimentos. Dito isso, é bom frisar que essa comédia é mais indicada mesmo para o público adolescente. É um tipo de humor que apesar de em muitos momentos ser bem vulgar beira a infantilidade completa. Talvez por essa razão tenha feito tanto sucesso. Curiosamente ao longo dos anos o ator Jim Carrey tentaria se afastar desse tipo de comédia mais visceral para abraçar projetos mais artísticos e pretensiosos, afinal seu sonho sempre foi ser levado à sério como ator em Hollywood. Após sucessivos fracassos comerciais ele parece ter voltado ao mesmo ponto de antes em sua carreira, já que recentemente estrelou uma sequência tardia desse filme (que inclusive ainda não conferi).
Vinte anos depois ele retorna ao mesmo lugar! Do outro lado sempre achei muito interessante o timing para o humor de Jeff Daniels! Ele nunca foi um comediante de ofício, apesar de sua cara de bobão. Aqui ele conseguiu se sair excepcionalmente bem, mas mesmo assim jamais abraçou a comédia como o ponto focal de sua carreira. Para falar a verdade sempre deu prioridade para filmes mais dramáticos até! Então é isso, eis aqui um filme que não tem nenhum receio de ser completamente idiota. Se você procura por algo assim, boa sorte!
Debi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros (Dumb & Dumber, Estados Unidos, 1994) Direção: Peter Farrelly, Bobby Farrelly / Roteiro: Peter Farrelly, Bobby Farrelly / Elenco: Jim Carrey, Jeff Daniels, Lauren Holly / Sinopse: Dois idiotas se envolvem nas maiores confusões. Filme vencedor do MTV Movie Awards na categoria de Melhor Comédia.
Pablo Aluísio.
Vinte anos depois ele retorna ao mesmo lugar! Do outro lado sempre achei muito interessante o timing para o humor de Jeff Daniels! Ele nunca foi um comediante de ofício, apesar de sua cara de bobão. Aqui ele conseguiu se sair excepcionalmente bem, mas mesmo assim jamais abraçou a comédia como o ponto focal de sua carreira. Para falar a verdade sempre deu prioridade para filmes mais dramáticos até! Então é isso, eis aqui um filme que não tem nenhum receio de ser completamente idiota. Se você procura por algo assim, boa sorte!
Debi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros (Dumb & Dumber, Estados Unidos, 1994) Direção: Peter Farrelly, Bobby Farrelly / Roteiro: Peter Farrelly, Bobby Farrelly / Elenco: Jim Carrey, Jeff Daniels, Lauren Holly / Sinopse: Dois idiotas se envolvem nas maiores confusões. Filme vencedor do MTV Movie Awards na categoria de Melhor Comédia.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 28 de novembro de 2023
O Máskara
Título no Brasil: O Máskara
Título Original: The Mask
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Chuck Russell
Roteiro: Michael Fallon, Mark Verheiden
Elenco: Jim Carrey, Cameron Diaz, Peter Riegert, Peter Greene, Richard Jeni, Tim Bagley
Sinopse:
O bancário Stanley Ipkiss (Jim Carrey) tem uma vida das mais chatas e tediosas que se pode imaginar. E isso muda quando ele encontra uma antiga máscara que o transforma em um estranho ser, com atitudes completamente anarquistas e sem limites. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhores efeitos especiais (Scott Squires, Steve 'Spaz' Williams).
Comentários:
Em minha opinião Jim Carrey sempre foi o sucessor de Jerry Lewis. O humor de ambos se parece muito, embora Carrey não tenha todo o talento de Lewis, também um excelente diretor e roteirista. No que se assemelham porém eles são bem equivalentes, principalmente na capacidade de transformar seu próprio rosto em um repertório infinito de caretas divertidas. O grande diferencial é que Carry pôde contar com a tecnologia digital, algo que nunca esteve à disposição de Jerry. Aqui ele deita e rola na pele de um personagem obscuro do mundo dos quadrinhos. Um sujeito pacato que acaba encontrando uma máscara antiga que ora funciona como um presente, ora como maldição. Os efeitos especiais (indicados ao Oscar) são excelentes, mesmo revistos hoje em dia, e o clima maluco do roteiro combina perfeitamente bem com a proposta de seu argumento. Na época os efeitos feitos por computador ainda eram considerados uma grande novidade e por isso o público ficou realmente surpreso com as possibilidades que essa tecnologia poderia proporcionar aos cineastas. O resultado é muito interessante, bom e eficiente, embora o personagem por excesso de exploração comercial (chegou-se a fazer um desenho animado e continuações ruins desse filme) tenha perdido o charme original depois de tanto desgaste e exposição. Por fim a fita foi a primeira em que a loira Cameron Diaz chamou realmente a atenção do público, principalmente na famosa cena da dança. Bom, se isso foi bom ou ruim para o cinema como um todo já é uma outra história...
Pablo Aluísio.
Título Original: The Mask
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Chuck Russell
Roteiro: Michael Fallon, Mark Verheiden
Elenco: Jim Carrey, Cameron Diaz, Peter Riegert, Peter Greene, Richard Jeni, Tim Bagley
Sinopse:
O bancário Stanley Ipkiss (Jim Carrey) tem uma vida das mais chatas e tediosas que se pode imaginar. E isso muda quando ele encontra uma antiga máscara que o transforma em um estranho ser, com atitudes completamente anarquistas e sem limites. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhores efeitos especiais (Scott Squires, Steve 'Spaz' Williams).
Comentários:
Em minha opinião Jim Carrey sempre foi o sucessor de Jerry Lewis. O humor de ambos se parece muito, embora Carrey não tenha todo o talento de Lewis, também um excelente diretor e roteirista. No que se assemelham porém eles são bem equivalentes, principalmente na capacidade de transformar seu próprio rosto em um repertório infinito de caretas divertidas. O grande diferencial é que Carry pôde contar com a tecnologia digital, algo que nunca esteve à disposição de Jerry. Aqui ele deita e rola na pele de um personagem obscuro do mundo dos quadrinhos. Um sujeito pacato que acaba encontrando uma máscara antiga que ora funciona como um presente, ora como maldição. Os efeitos especiais (indicados ao Oscar) são excelentes, mesmo revistos hoje em dia, e o clima maluco do roteiro combina perfeitamente bem com a proposta de seu argumento. Na época os efeitos feitos por computador ainda eram considerados uma grande novidade e por isso o público ficou realmente surpreso com as possibilidades que essa tecnologia poderia proporcionar aos cineastas. O resultado é muito interessante, bom e eficiente, embora o personagem por excesso de exploração comercial (chegou-se a fazer um desenho animado e continuações ruins desse filme) tenha perdido o charme original depois de tanto desgaste e exposição. Por fim a fita foi a primeira em que a loira Cameron Diaz chamou realmente a atenção do público, principalmente na famosa cena da dança. Bom, se isso foi bom ou ruim para o cinema como um todo já é uma outra história...
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de outubro de 2023
Ace Ventura: Um Detetive Diferente
Título Original: Ace Ventura: Pet Detective
Ano de Lançamento: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Entertainment
Direção: Tom Shadyac
Roteiro: Jack Bernstein, Jim Carrey
Elenco: Jim Carrey, Courteney Cox, Sean Young
Sinopse:
Para ser um detetive de animais de estimação, você precisa entender tanto os criminosos quanto os animais. Ace Ventura vai ainda mais longe... Ele se comporta como um animal criminoso. Quando o mascote de um time de futebol (um golfinho) é roubado pouco antes do Superbowl, Ace Ventura é colocado no caso. Agora, quem iria querer roubar um golfinho e por quê?
Comentários:
A primeira vez que ouvi falar em Jim Carrey foi quando esse filme foi lançado no Brasil. Antes disso sua carreira se resumia em pequenas participações em filmes que ninguém viu e enquetes de humor em programas de TV no Canadá. Aqui o comediante chamou atenção por causa de seu humor físico. Afinal ele exagerava nas caras, bocas e caretas. Estava ocupando de certa maneira o trono vazio de Jerry Lewis. E acabou se dando bem nesse aspecto até porque fora a atuação do Carrey nada mais chama a atenção nessa comédia juvenil que no geral é muito fraquinha mesmo. Depois do sucesso desse filme nas locadoras, Jim Carrey finalmente viu as portas de Hollywood se abrirem para ele. Acabaria fazendo tanto sucesso que se tornaria um dos dez maiores salários da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Nada mal para um comediante careteiro!
Pablo Aluísio.
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