sábado, 22 de junho de 2024

Sintonia de Amor

Título no Brasil: Sintonia de Amor
Título Original: Sleepless in Seattle
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Jeff Arch, Nora Ephron
Elenco: Tom Hanks, Meg Ryan, Ross Malinger, Bill Pullman, Rita Wilson, Victor Garber,

Sinopse:
Sam Baldwin (Tom Hanks) é um viúvo que tenta reconstruir sua vida após perder sua esposa. Annie Reed (Meg Ryan) é uma ouvinte de um programa de rádio que acaba conhecendo a história de Sam, se apaixonando por ele platonicamente. Algum tempo depois eles prometem se encontrar para dar início a uma grande história de amor.

Comentários:
Esse filme é na verdade um remake, uma refilmagem de um clássico do passado chamado "Tarde Demais Para Esquecer". Se no filme original tínhamos a dupla romântica formada pelo casal Cary Grant e Deborah Kerr. aqui temos a "namoradinha da América" Meg Ryan se apaixonando por Tom Hanks. O curioso é que Hanks que havia chegado ao sucesso com comédias escrachadas acabou se saindo muito bem em seu personagem. Ele e Meg Ryan formaram uma parceria de sucesso no cinema dos anos 90, com excelentes resultados comerciais nas bilheterias. Outro fato curioso é que o amor da vida do ator também esteve nesse filme, mas no caso não foi Meg Ryan, mas sim Rita Wilson que estava no elenco coadjuvante. Eles acabariam se casando. O filme acabou ganhando duas indicações ao Oscar, de melhor roteiro adaptado e melhor música (com a bela canção "A Wink and a Smile"). No mais é um filme bonito, que lida bem com seu romantismo, sem soar datado ou cafona. Tudo está muito bem encaixado nessa nova versão de uma antiga história de amor. Só não vale comparar com o clássico original, porque aí também seria pedir demais dos deuses do cinema.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Um Presente Para Helen

Que a Kate Hudson é uma gracinha ninguém duvida. Houve uma época em que ela começou a estrelar dramas para ser levada mais à sério e talvez, quem sabe, um dia ganhar o Oscar. Felizmente ela entendeu que essa não era bem a praia dela e resolveu abraçar o que parecia ser mais adequado ao seu tipo, ou seja, virar realmente uma estrela de comédias românticas despretensiosas, geralmente enfocando algum aspecto da mulher moderna que a despeito de exercer uma nova função na sociedade bem diferente de suas mães ainda não estava disposta a abrir mão de seu romantismo. Aqui Kate Hudson interpreta Helen Harris, uma mulher moderna, bem sucedida e nada disposta a abrir mão de sua vida profissional. Filhos? Nem pensar. Tudo corre de acordo com seus planos até o dia em que... após uma fatalidade ela fica responsável não apenas por uma criança mas por três!!!

O bom de “Um Presente Para Helen” é que o filme, mesmo sendo uma comédia sem grandes pretensões, consegue discutir até razoavelmente bem sobre as responsabilidades das mulheres de hoje que não apenas precisam cuidar da família mas também lidar com seus aspectos profissionais dentro do competitivo mercado de trabalho. Recentemente me lembrei do filme após uma reportagem de capa da revista Veja onde vários casais (e pessoas solteiras) se diziam muito felizes sem filhos. Afinal olhando objetivamente temos que concordar que apesar de ser algo natural na vida das pessoas ter um filho hoje em dia importa em se assumir uma carga pesada, não apenas emocional mas financeira também. Para quem deseja uma vida mais despreocupada e leve a opção é realmente curtir a vida, sem a responsabilidade de cuidar de crianças. Enfim, recomendo esse “Um Presente Para Helen”, um filme que diverte e levanta bons debates ao mesmo tempo.

Um Presente Para Helen (Raising Helen, Estados Unidos, 2004) Direção: Garry Marshall / Roteiro: Patrick J. Clifton, Beth Rigazio / Elenco: Kate Hudson, John Corbett, Joan Cusack / Sinopse: Helen Harris (Kate Hudson) é uma mulher bem sucedida, grande profissional que não tem a menor intenção de ter filhos para prejudicar sua ascensão na carreira até que por uma fatalidade acaba ficando responsável por três crianças colocando sua vida de cabeça para baixo.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de junho de 2024

Enigmas do Universo

Enigmas do Universo
Série muito boa e inteligente. Parte de uma premissa que é a mais pura verdade. Tudo no universo está conectado. Desde as menores partículas até mesmo as maiores galáxias, todas as coisas do universo partem de um só contexto, seguindo as mesmas leis da física e da química. No fundo, como bem sabemos, somos apenas poeira de estrelas que há muito explodiram. E por um acaso incrível acabou gerando vida nesse planeta insignificante perante a grandeza infinita do universo. 

Pois é, o nosso Planeta Terra é apenas um de milhares pelo universo e nos últimos anos a ciência descobriu milhões de exoplanetas que orbitam estrelas nos confins do universo. Não vivemos no mais importante planeta do cosmos, nem sequer dos mais relevantes, mas devemos preservar ele da melhor forma possível pois afinal de contas é o nosso lar.

Então os roteiros dessa série são mais do que especiais. Eles geralmente partem do micro para o macrocosmos. Mostra, por exemplo, como vive uma colônia de formigas numa floresta tropical, ao mesmo tempo que vai mostrando como as estrelas nascem no universo profundo.

E se for possível assista a série legendada, com a voz original do Morgan Freeman. Ele realmente é um ótimo apresentador desse tipo de programa. Além de bom ator sempre teve a presença correta para nos mergulhar nos segredos desse cosmos infinito, cujos detalhes a humanidade ainda não chegou nem perto de descobrir ou conhecer. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Raël: O Último Profeta

Raël: O Último Profeta
Essa minissérie que está na grade da Netflix mostra esse sujeito bem esquisito. Um francês malucão que fundou uma seita. Ele afirma que foi visitado por uma raça de ETs. Eles então lhe ensinaram a doutrina de sua nova religião. Raël logo escreveu o seu livro com esses ensinamentos e adivinha o que aconteceu... Pois é, o tal Raël ganhou um monte de seguidores fanáticos que passaram a lhe seguir pelo mundo afora. 

Ele mudou de países várias vezes porque o tal sujeito foi acusado de vários crimes por onde passou. Disseram que ele abusava das mulheres da seita e que ficava com os bens e dinheiro dos seguidores masculinos. Ora, e qual seria a surpresa de algo assim? Essa gente não conhece como funciona uma seita de verdade? E nessa linha mesmo, o líder fica com as bonitonas de seu rebanho e com o dinheiro dos homens que o seguem...

Como dizia o Bezerra da Silva, todo dia sai um Mané e um malandro de suas casas. Quando os dois se encontram sai negócio. E o negócio das seitas é muito lucrativo, como bem podemos ver por aqui. O Raël ganhou sexo grátis com várias mulheres bonitas de miolo mole e ainda pegou a grana toda dos maridões. Lembrou do Mané e do Malandro? Pois é meus caros... O mundo é dos espertos...

E não parou por aí. O tal Raël ganhou notoriedade mundial ao afirmar que havia criado um clone humano na sua seita. Claro, tudo mentira, mas ele faturou muito com a história. Mais gente passou a lhe seguir, mais gostosas para ele ter em sua cama, e mais bobões para dar o dinheiro para ele. Olha, depois de assistir a essa minissérie perdi a fé na inteligência da humanidade. Como tem gente burra nesse mundo...

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Segredos de Sangue

Não parece, mas esse é um filme sobre psicopatas, psicopatas em família. Quando começa somos apresentados a mãe e filha, ambas em luto pela morte do pai. A filha, chamada India (Mia Wasikowska), era muito próxima dele. Provavelmente era além de seu pai, seu único amigo nesse mundo. A garota não é muito comum. Vista como esquisita na escola, ela tem um jeito de ser introvertido, embora seja extremamente inteligente. Com a mãe nunca se deu muito bem, até porque ela esperava outro comportamento da filha. A mãe é interpretada por Nicole Kidman, aqui novamente esbanjando beleza, como sempre aliás. Com a morte do pai chega para os funerais seu irmão, Charles (Matthew Goode), que elas pouco conhecem e praticamente nada sabem de seu passado. Aos poucos tudo vai se revelando, inclusive um passado trágico.

A linguagem que o diretor Chan-wook Park impôs ao filme lembra bastante a própria personalidade da jovem protagonista India, ou seja, contemplativo, meio silencioso, bem esquisito. A narrativa em certos momentos lembra uma fábula absurda, com muitos toques de humor negro. Como não poderia deixar de ser, quem brilha no elenco é justamente ela, a atriz australiana Mia Wasikowska. Ela sempre me chama atenção nos filmes em que atua. O público em geral a associa ao filme "Alice" de Tim Burton, que chegou a render absurdos 1 bilhão de dólares nas bilheterias. Mia porém não se resume a Alice. Aliás esse pode ser considerado um de seus momentos mais fracos no cinema. Ela tem uma filmografia bem mais interessante, inclusive nesse "Segredos de Sangue" ela surge com os cabelos pintados de preto, para ajudar na composição de sua personagem, que tem uma simbiose natural com o sombrio e o soturno. Ficou bastante diferente, mas também sedutora, de uma maneira até bem doentia.

O grande mérito desse filme porém vem realmente de seu roteiro. Ele começa como um tipo de drama emocional (ou nada emocional se formos levar em conta o jeito de Mia). O pai está morto, a mãe não está com muita disposição de ficar em luto eterno e o tio chega na casa. Um cara bonitão, com jeito de boa praça, bem sucedido, carrão conversível. Para a bizarrice ser completa ele acaba seduzindo a viúva do irmão, pior do que isso, se insinua para a própria sobrinha! Ecos de incesto por todos os lados. O roteiro porém não cai em armadilhas e situações clichês. Ao invés disso dá uma guinada ainda mais estranha para o lado mais bizarro dessa família. Como escrevi no começo do texto, é um filme sobre psicopatas com laços familiares. Assim não espere por nada muito convencional pois definitivamente esse filme não se enquadra em algo comum, do tipo que você está acostumado a assistir.

Segredos de Sangue (Stoker, Estados Unidos, Inglaterra, 2013) Direção: Chan-wook Park / Roteiro: Wentworth Miller / Elenco: Mia Wasikowska, Nicole Kidman, Matthew Goode, Dermot Mulroney / Sinopse: Depois da morte do pai, mãe e filha, India (Mia Wasikowska) e Evelyn Stoker (Nicole Kidman) respectivamente, recebem a visita do irmão dele, o desconhecido e misterioso tio Charles (Matthew Goode). Onde ele estava durante todos esses anos? O que fez? Quais são seus segredos mais bem guardados? Filme premiado no Fangoria Chainsaw Awards e CinEuphoria Awards.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Closer - Perto Demais

Título no Brasil: Closer - Perto Demais
Título Original: Closer
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Patrick Marber
Elenco: Natalie Portman, Jude Law, Clive Owen, Julia Roberts 

Sinopse:
O complicado relacionamento envolvendo dois casais em uma cidade moderna dos Estados Unidos nos dias atuais. O que parecia algo estável se torna explosivo quando o interesse entre eles ultrapassa as fronteiras das relações da cada casal.

Comentários:
Closer é muito bom porque mostra o natural desgaste que sofre relacionamentos amorosos com o tempo. A mulher já não é tão mais atraente como antes, os homens revelam pequenas manias que enfurecem elas e por aí vai. O destaque no elenco vai obviamente para a personagem de Natalie Portman, uma garota bonita que ganha a vida explorando seus dotes femininos. Sua imagem com a peruca rosa de stripper já entrou para a galeria de figurinos inesquecíveis da cultura pop. Junte-se a isso a excelente trilha sonora e o roteiro, muito bem escrito por sinal, e você entenderá porque Closer é considerado um dos melhores filmes sobre relacionamentos amorosos lançados nos últimos anos Além disso esse filme é basicamente sobre relacionamentos. Por isso ele é mais indicado para as mulheres porque as mulheres adoram discutir sobre seus relacionamentos (os seus e os dos outros também!). Homens gostam mesmo é de assistir TV tomando cerveja e ficar falando mal do técnico de seu time de futebol! Provavelmente 99% dos homens não gostarão de Closer porque esse filme, como eu disse, é sobre o envolvimento de duas pessoas, coisa que geralmente só interessa a uma delas, a mulher! Mesmo assim, com essa visão um pouco sarcástica demais, eu acho o filme acima da média. Claro que ajuda muito as generosas cenas de nudez parcial da Portman mas ignore isso e assista pelas qualidades cinematográficas de Closer, afinal isso é apenas a opinião de mais um homem

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de junho de 2024

Enquanto Você Dormia

Título no Brasil: Enquanto Você Dormia
Título Original: While You Were Sleeping
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Hollywood Pictures
Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Daniel G. Sullivan, Fredric Lebow
Elenco: Sandra Bullock, Bill Pullman, Peter Gallagher, Peter Boyle, ack Warden, Glynis Johns

Sinopse:
Lucy (Sandra Bullock) trabalha vendendo bilhetes no metrô de Chicago. Certo dia ela acaba salvando a vida de um passageiro e passa a ser confundida como se fosse a namorada dele, o que gera uma série de mal-entendidos e confusões de todos os tipos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz - musical ou comédia (Sandra Bullock).

Comentários:

A atriz Sandra Bullock começou a se transformar em estrela de Hollywood nesse filme. Essa produção era para ser apenas uma comédia romântica como tantas outras que eram lançadas naquela mesma temporada, mas acabou se tornando um grande sucesso de bilheteria. Qual era o segredo desse sucesso? Para muitos críticos na época de lançamento do filme, o segredo era o carisma da própria Sandra Bullock. Ela foi a alma desse filme, encantando a todos. Sua personagem tinha o estilo certo para agradar ao grande público. Além disso todos estavam em busca de um filme romântico, leve, bem humorado, com jeitão de filmes de romance da era de ouro de Hollywood. Com todos esses elementos nos lugares certos, o filme acabou funcionando muito bem. E o diretor Jon Turteltaub que era acostumado a dirigir comédias mais exageradas também acertou a mão. Ao lado da atriz encontrou o caminho certo, principalmente no uso de sutileza e elegância necessárias para se contar uma boa história de amor.

Pablo Aluísio.